O resultado da auditoria contratada pela candidata do PRB à Prefeitura de Canoas, Beth Colombo, foi divulgado nesta quarta-feira, 19, apontando como culpado o ex-tesoureiro da campanha e ex-secretário de desenvolvimento urbano e habitação do município, Guilherme Ortiz.
Segundo o documento assinado pelo advogado criminalista Jader Marques, “Ortiz agiu por conta própria ao deparar-se com a possibilidade de auferir vantagem pessoal com a arrecadação de valores de pessoas que não queriam ser identificadas ou que aceitaram a proposta de doação fora dos termos legais, passando a guardar o numerário em sua casa”.
O Bloco do Orgulho Municipal (BOM) também enviou nota assinada pela Secretária Municipal de Comunicação, Lurdes Nascimento, que está em férias, informando que o ex-tesoureiro assumia tal prática.
“O Procedimento de Apuração Interna determinado pela candidata a prefeita de Canoas, Beth Colombo, apurou que os recursos que estavam com o ex-tesoureiro Guilherme Ortiz foram captados por ele de forma ilegal e em benefício próprio, sem o conhecimento ou a participação da candidata e de sua coordenação. A ordem de Beth sempre foi no sentido de apenas receber recursos por meio de depósitos bancários identificados, como determina a lei”, disse.
Segundo a nota, a coligação vive momento financeiro delicado. “Enquanto o ex-tesoureiro possuía valores exorbitantes em seu poder, arrecadados sem o conhecimento da Coligação, a campanha estava completamente endividada, pois havia arrecadado apenas R$ 190 mil para uma dívida acumulada de R$ 282 mil. Esta é a verdade”, garante.
No dia 22 de setembro a Polícia Federal desencadeou uma operação batizada de Suffragium que fechou o comitê central da vice-prefeita e candidata à Prefeitura Beth Colombo, e apreendeu R$ 226,7 mil no interior do comitê central da campanha, localizado na avenida Victor Barreto, no Centro, e R$ 300 mil na residência do ex-secretário municipal.
ATUALIZAÇÃO
O título desta matéria foi atualizado às 18h06min do dia 19 de outubro de 2016 na intenção de deixar clara que a conclusão é de uma investigação interna e não da Polícia Federal.
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