Timoneiro

Com salários atrasados, vigilantes de dois hospitais prometem paralisação

Sindicato diz que não foi recebido por responsável pelo contrato. Foto: divulgação/Sindivigilantes do Sul

Sindicato diz que não foi recebido por responsável pelo contrato. Foto: divulgação/Sindivigilantes do Sul

 

Trabalhadores que fazem a segurança nos hospitais Universitário (HU) e de Pronto Socorro (HPSC) em Canoas fizeram uma manifestação na última sexta-feira, 16. Eles reclamam por ainda não terem recebido o salário deste mês. O Sindivigilantes do Sul, sindicato que representa a categoria, afirma que os funcionários aceitaram a proposta da empresa de pagar o salário até o dia 22 deste mês. Em caso de novo atraso, prometem greve.

O Secretário de Políticas Públicas e Sociais do sindicato, Marlon Celso da Costa, aponta que o grupo Mãe de Deus, que administra os hospitais mesmo que estes sejam de responsabilidade da Prefeitura, emprega mais de 100 vigilantes. “No posto de serviço da Ulbra são auxiliares de segurança privada, auxiliam na segurança. Mas naquele posto tinham vigilantes e agora não tem mais”, aponta justificando que os auxiliares é quem fazem a segurança. Ainda segundo ele, outras empresas que prestam serviços direta ou indiretamente para a Prefeitura também apresentam problemas. “Fizeram um movimento [na sexta-feira] em protestos, paralisando até às 11 horas no HU. No momento do protesto, o pessoal ficou de braços cruzados”, conta Marlon.

Conforme informou, “ficou acertado com a empresa uma previsão para o dia 22 [de setembro]. Eu achei um absurdo. Os trabalhadores aceitaram essa proposta mediante algumas promessas, como fazer o pagamento no dia 22 e, no próximo mês, efetuar o pagamento no 5º dia útil. Se não receberem, a partir do dia 23 será greve”, conclui.
A diretoria do sindicato procurou o gestor responsável pelo contrato na quinta-feira, 15, mas não foram atendidos no HU. “Ele não quis atender os diretores que foram até o posto, Marlon Costa, Mariza Abrão e Gerson Farias”, informou o Sindivigilantes em seu site.

Os diretores decidiram, então, realizar um ato na frente da empresa prestadora do serviço, Equipesul (CTTE), no bairro Navegantes em Porto Alegre. A empresa é contratada pela Associação Educadora São Carlos – AESC, do Grupo Mãe de Deus, que, por sua vez, é a responsável terceirizada pela Prefeitura para administrar os hospitais.

Responsabilidades

Questionada, a Prefeitura de Canoas informou que “a responsável pela contratação da segurança é a Associação Educadora São Carlos (AESC), que informou à Secretaria Municipal de Saúde já ter feito o pagamento à empresa de vigilância”. A reportagem tentou contato com a empresa onde o sindicato realizou a manifestação, mas o responsável não se encontrava no local.

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