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Moradores do Centro reclamam de criminalidade

Rua Guilherme Morsch, no Centro. Foto: Bruno Lara/OT.

Rua Guilherme Morsch, no Centro. Foto: Bruno Lara/OT.

 

A onda de insegurança que assola todo o Estado é cada vez mais sentida em Canoas. Moradores do Centro da cidade afirmam que o número de assaltos cresce a cada mês e que em muitas ruas antes consideradas tranquilas não é mais possível andar a pé durante a noite.

Preocupados com esta situação alarmante, alguns grupos de canoenses têm se mobilizado para buscar junto às autoridades formas de reduzir a sensação de insegurança na qual estão imersos. Um grupo de moradores e comerciantes da rua Guilherme Morsch solicitou uma reunião, na última semana, com a Secretaria Municipal de Segurança Pública.

O comerciante Adilson Delazeri, que há 30 anos é proprietário de um mercado no local, contou que a reunião realizada no dia 26 de julho, reservou algumas surpresas para a comissão que solicitou o encontro: “Foi marcada para às 13h30min, mas atrasou muito o início, eu mesmo não pude ficar, porque tinha que trabalhar e a secretaria não estava preocupada em cumprir o horário marcado conosco. Nosso grupo foi surpreendido também com a informação de que a câmera de segurança que solicitamos em uma reunião anterior não estava sequer com pedido registrado. A Prefeitura afirma que deveríamos ter protocolado formalmente o pedido, mas tínhamos entendido que isso estava acordado e seria cumprido”.

Adilson relata que de um ano para cá o número de assaltos disparou na Guilherme Morsch. “Muitos assaltos acontecendo por aqui ultimamente, vários alunos do Colégio Canoas foram assaltados na saída da aula. O meu mercado foi assaltado nos meses de abril, junho e julho. Meu filho foi assaltado na rua também, no mesmo período. Roubos e arrombamentos de veículos e de residências também se tornaram frequentes. Em 30 anos nunca vi algo assim”.

Moradores se reuniram com o secretário de segurança do município. Foto: divulgação

O que diz a Prefeitura

Consultada, a Prefeitura disse: “A Secretaria Municipal de Segurança Pública e Cidadania (SMSPC) se disponibilizou em assumir o monitoramento e a manutenção de uma câmera que, de acordo com um pacto firmado com a comunidade, seria adquirida pelos moradores. Esta decisão foi tomada em razão de todas as câmeras instaladas pela Prefeitura serem demandas do Orçamento Participativo, que exige um processo mais complexo e que depende de votação. Portanto, a SMSPC aguarda o retorno da aquisição do equipamento. Para coibir os delitos nesta rua e em outras regiões da cidade, são realizadas diversas ações. Uma delas, igualmente pactuda com a comunidade, é a criação de um grupo um grupo de WhatsApp dos moradores da Guilherme Morsch, para agilizar a troca de informações e de atendimento às demandas de segurança pública, integrado por pessoas da comunidade e agentes da Guarda Municipal e das Polícias Civil e Militar. A Guarda Municipal participa deste processo de interlocução”.

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