Timoneiro

Idosa enfrenta dificuldades para marcar exame

Santa Marina, canoense, segue enfrentando a burocracia na saúde pública. Foto: divulgação

Santa Marina, canoense, segue enfrentando a burocracia na saúde pública. Foto: divulgação

 

A canoense Santa Marina da Rosa Silva, 67 anos, está com problemas para marcar uma ecografia do aparelho urinário. Segundo sua filha, Alessandra Estefani de Bittencourt , desde maio ela aguarda por esta marcação. A paciente é conhecida dos leitores de O Timoneiro, pois foi tema de reportagem anterior em março, quando denunciamos a dificuldade que sua família enfrentava para conseguir que a Prefeitura liberasse fraldas e marcasse consultas com especialistas.

O resultado da série de cirurgias mal-sucedidas realizadas em Santa Marina foi a formação de uma fístula e o vazamento de líquor da coluna. Com todas estas complicações, a paciente acabou dependente de uma cadeira de rodas e atualmente usa um dispositivo de drenagem (DVP) na cabeça.

Segundo a filha, depois da reportagem publicada por OT em março, as fraldas começaram a ser liberadas normalmente e as consultas atrasadas foram agendadas. “É por isso que estou entrando em contato novamente. Da outra vez só funcionou quando procuramos a imprensa e agora minha mãe precisa muito fazer esse exame. É muito importante para que a situação dela não piore ainda mais”, desabafou Alessandra.

Depois das novas informações passadas pela família, nossa equipe de reportagem voltou a questionar a Prefeitura a respeito dos motivos de uma paciente em situação tão grave, provocada possivelmente por falha do próprio sistema público de saúde, não conseguir realizar exames com facilidade.

Relembre o caso

A paciente teve a coluna operada em 2013, no Hospital Nossa Senhora das Graças (HNSG). Como a cirurgia teve complicações, passou por mais três operações corretivas e acabou tendo os pinos da coluna retirados. Segundo a família, a equipe médica informou que as complicações se deram porque os pinos estariam infectados em decorrência de uma contaminação generalizada no bloco cirúrgico.

Ainda de acordo com familiares, o hospital não fornece a informação da procedência dos pinos utilizados na operação inicial, o que faz com que eles suspeitem que ela teria sido vítima do esquema criminoso conhecido como Máfia das Próteses.

O que diz a Prefeitura

Consultada por nossa equipe de reportagem a respeito do caso de Santa Marina, a Prefeitura optou por não fornecer nenhuma informação sobre uma possível solução para a paciente que teve a vida afetada por consequência de uma cirurgia realizada pelo SUS. A administração municipal respondeu com a seguinte nota, que serviria para qualquer pergunta relacionada à Saúde: “A Prefeitura esclarece que a porta de entrada para os questionamentos sobre os serviços e atendimentos da área da Saúde é a Ouvidoria da Saúde pelos fones 34257622 e 34257623 ou ,diretamente, na rua Dr. Barcelos 1600. Com o número de protocolo, os questionamentos poderão ser respondidos”.

Sair da versão mobile