O Brasil ergueu-se do seu “berço esplêndido”, resolveu seu principal problema, o da miséria e da pobreza, paga em dia os vencimentos e seus servidores (todos ganham o bastante para pagar casa e comida a suas famílias), todas as contas estão em dia, nada devemos ao exterior, a economia interna está em alta (a indústria produz o máximo possível, o comércio vende mais à vista que a prazo), nosso futebol só não venceu a Copa do Mundo porque o juiz favoreceu a Alemanha.
Enfim, algum problema menos grave, ainda insolúvel, logo será atacado. Nestes Jogos Olímpicos, em que gastamos a mixaria de uns 36 milhões de nossa valorizada moeda, que não fazem falta a hospitais e à solução de outros problemas. Já na abertura, oferecemos aquele belo espetáculo, em que deixamos de fora as lembranças das imigrações italianas e alemã porque, pouco ajudaram na construção de nossa grandeza. Ao final, ficaremos com o peito forrado de medalhas e mais cheio de patriotismo.
(Estimados leitores, desculpem. O cronista não sabe fazer ironias)