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Feira do Livro de Canoas tem os piores números dos últimos anos

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Por Bruno Lara
@bruno_lds

 

Os números divulgados na última semana da 32ª Feira do Livro de Canoas, que teve a sua primeira edição em 1986, preocupam os expositores. Segundo a diretora de Cidadania da Secretaria Municipal da Cultura (SMC), Andrea Falkenberg, em entrevista ao jornal Diário de Canoas na terça-feira, 12, porém, foi “a melhor feira dos últimos anos”, afirmou.

Embora os dados oficiais revelem um público agendado de 38.776 mil pessoas, as vendas despencaram nesta edição, mesmo que a organização tenha investido em fortes nomes da cultura nacional. Ao todo, foram 9.294 livros vendidos, arrendando R$ 142.807,28. O número é preocupante em relação com os do ano passado, onde 25.679 exemplares foram vendidos, levantando cerca de R$ 366 mil.

 

Prefeitura: economia “não é o que nos pauta”

Questionada sobre os números, a Prefeitura colocou a culpa na crise econômica. “Ano passado o mercado editorial apresentou uma queda de 35%, na qual Canoas não foi impactada. Contudo, este ano, não foi possível escapar desse cenário”, ressaltou lembrando que, para a próxima edição, a meta “é o aumento na margem de descontos dos livros”. “A face econômica é importante, mas não é o que nos pauta, prova disso é a eclética e qualificada programação, que visa, acima de tudo, incentivar à leitura”. A respeito do comentário sobre a “melhor Feira dos últimos anos”, respondeu que foi relativo as atrações. “Por certo que do ponto de vista da efervescência e potência de escritores e das atividades”.

A respeito dos questionamentos sobre a distribuição dos convites para o recital-poético de Maria Bethânia, o órgão esclareceu que os convites para o espetáculo foram distribuídos em cotas entre a artista, o Sesc, a Prefeitura, a imprensa e os patrocinadores, além dos distribuídos na Praça da Bíblia. “Encargo este (distribuição) que ficou com a Secretaria Municipal de Projetos Especiais, Captação e Inovação (SMPECI), justamente por ser quem faz a captação de recursos junto às empresas públicas e privadas, por meio da Lei de Incentivo à Cultura e da Lei Rouanet. Por isso que muitos convidados disseram que receberam da secretária Thais Pena, é a secretária da SMPECI, estabelecendo-se, aqui, a natural fusão entre a pessoa e a secretaria. Sobre a vice-prefeita Beth Colombo – licenciada da função -, de fato, ela passou seu convite, pois estava impossibilitada de comparecer ao evento por força da lei eleitoral”, respondeu.

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