Timoneiro

Padilha é citado em grampo de investigação sobre fraude da merenda em Canoas

Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

O Ministério Público Federal (MPF) pediu à Justiça Federal, segundo a revista Veja e o site G1, o bloqueio dos bens do ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha (PMDB) e a devolução de R$ 300 mil em ação de improbidade administrativa onde o gaúcho é acusado de ter uma funcionária fantasma no seu gabinete quando era deputado federal.

A ação nasceu dentro de uma investigação do MPF em Canoas, em 2008, que apurava desvio de recursos que deveriam ser usados para a compra de merenda escolar durante a gestão do ex-prefeito Marcos Ronchetti (ex-PSDB e atualmente no PMDB). O Timoneiro noticiou a relação íntima do então deputado federal com a cúpula do governo tucano na Prefeitura (leia abaixo).

Segundo o MPF, no decorrer das investigações a Polícia Federal autorizou escutas telefônicas para apurar o envolvimento de suspeitos no esquema de desvio de recursos e o nome de Padilha surgiu como um dos integrantes do grupo que fraudava as licitações.

Na investigação, segundo o site G1, a PF teria identificado que uma dona de casa recebeu salário como funcionária do gabinete de Padilha por quatro anos sem nunca ter trabalhado para o parlamentar. A suspeita da PF era de que o atual ministro da Casa Civil teria contratado a funcionária “fantasma” como pagamento de favores a um empresário.

O ministro da Casa Civil negou a acusação ao jornal O Globo. Segundo ele, os dados obtidos devem ser considerados nulos pela Justiça. “A ação cível ainda não foi recebida pela Justiça e acredito que não será, pois fundada em prova declarada nula pelo STF (Supremo Tribunal Federal). O mais importante: tal funcionária trabalhava na minha base eleitoral. O que é legal conforme o Ato da Mesa da Câmara dos Deputados número 72/1997. Prática legal e comum entre os deputados”, disse o ministro ao jornal.

O pedido de bloqueio de bens e a devolução dos R$ 300 mil ainda não foi aceito pela Justiça, que aguarda parecer da Advocacia-Geral da República (AGU) sobre a continuidade ou não do processo.

 

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