Inaugurado em março deste ano, o Presídio Canoas I (Pecan 1), primeiro dos quatro módulos que compõe o Complexo Penitenciário Estadual de Canoas, recebeu nesta segunda-feira, 13, sua primeira derrota na Justiça. A juíza Sonália da Cruz Zluhan, da Vara de Execuções Criminais (VEC) de Porto Alegre, ordenou a interdição parcial da penitenciária, proibindo o ingresso de novos apenados quando o mesmo atingir 393 vagas ocupadas.
Atualmente, o Pecan 1 tem 370 internos e a magistrada teme que o mesmo tenha o mesmo rumo dos demais presídios do estado ao superlotar. “Se houver a necessidade de colocar presos além da capacidade, certamente ocorrerá o que já se vê nas outras cadeias”, argumentou em seu despacho citando o comércio interno, o comando das facções criminosas e a impossibilidade de reabilitação como os principais pontos.
Falta de utensílios básicos
Ao jornal Zero Hora, a juíza afirmou, nesta terça-feira, 14, que visita o presídio toda a semana. “Já teve dias em que os presos reclamaram da falta de papel higiênico”, aponta. Segundo ela, os detentos também não estão tendo acesso a materiais de higiene como sabonete. “Essa diferenciação propicia comércio paralelo de itens, gerando dívidas”, opinou.