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Canoas perde Hardy Silveira

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Na terça-feira, 25, a cidade perdeu Hardy Fülber da Silvera, que se tornou uma de suas grandes personalidades religiosas ao ajudar a fundar a Terreira de Mãe Maria. Aos 94 anos, ela foi vítima de um Ataque Vascular Cerebral (AVC) em casa, no Centro, e foi encaminhada para o Hospital Universitário, onde veio a falecer. Ela deixa os filhos Miriam Hene, 61 anos, Marilene Bauer, 54 anos, e Irineu Silveira, 70, além do marido, Darci Dias da Silveira.

Para Marta Assunção, de 54 anos, Hardy foi uma boa influência. “Fui criada com eles (Hardy e seu Darci). Me considero uma filha adotiva. Ela era como uma mãe para todos nós. Tudo o que eu sei veio dele e dela, todos os bons exemplos. Uma mulher à frente de sua época. A gente tem muito carinho por ela, muito respeito”, aponta.
José Delmar, um dos líderes da terreira, fez questão de destacar a personalidade de Hardy. “Sempre pronta a ajudar, a dar um carinho, um respeito, um zelo. Uma coisa que eu achava fantástico nela era a honestidade. Ela te olhava e dizia: não, tu está errado”, conta.

Sandra Regina, de 59 anos, lembra da líder como uma mãe. “Eu tinha dois anos quando eles resgataram minha mãe e as minhas irmãs de uma situação difícil que vivíamos em Porto Alegre. Foi a família deles que me criou. Sou filha do coração. Tudo o que eu sei, que aprendi, a religião que pratico, foi por ensinamento deles”, conta.

Nelson Gomes Fernandes, diretor da Terreira José de Aruanda. “A Hardy era o símbolo autêntico do bom umbanda. Sempre preocupada com a solidariedade e o respeito aos seus semelhantes. Suas palavras eram sempre de conforto e solidariedade. Eu a conheço há 50 anos, sempre na terreira. Sempre ajudando e formando novas lideranças”.
O velório foi na capela 6 do Cemitério Parque São Vicente, na quarta-feira, 25, e após isso ela foi cremada.

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