A resiliência é um aspecto psicológico, definido como a capacidade de o indivíduo lidar com problemas, superar obstáculos ou resistir à pressão de situações adversas – choque, estresse etc. – sem entrar em surto psicológico. Já a resistência e o movimento de um povo contra um poder ilegítimo (ditatorial ou instalado por potência ocupante). Nos dias que vive a nação, ambas cobram importância. Mesmo aqueles que apoiaram o afastamento da presidenta, encontram se perplexos com a situação que ajudaram a criar.
Pairava no imaginário coletivo uma sorte de solução mágica que acabaria com os erros cometidos durante o último mandato da presidenta. Mandato, aliás, que não foi cumprido em sua plenitude, pois sofria boicotes de todos os lados e para quem prestou atenção, a guerra já tinha sido deflagrada com a frase “sangrar este governo”, quem disse essa frase, tinha acabado de perder as eleições.
Já temos amostras de que o povo é resiliente, que respirou fundo e tenta se organizar nas mais variadas frentes de luta, com uma forte presença dos jovens ocupando as escolas e apoiando-se mutuamente com os professores. A resistência ao poder instaurado é fundamental para que dure no máximo os 180 dias previstos em lei, mais do que isso, o Brasil será esfacelado social e economicamente, pois o único objetivo dos que tomaram o poder e baratear os custos da mão de obra. Isso será feito mesmo ao custo de retornar aos altos índices de fome e pobreza.
Resistir com resiliência e a ordem a ser seguida, ocupando todos os espaços necessários para debates abertos de como e por quem queremos ser dirigidos, com uma democracia ampla e irrestrita, que continue a garantir direitos fundamentais adquiridos com muita luta, com uma distribuição de renda justa e necessária. Atender aos reclamos dos alunos, por uma educação aberta, que ensine a pensar e não a preparar mão de obra para um neoliberalismo fracassado, incapaz de atender as necessidades básicas da população, como saúde, trabalho, educação e moradia. Os governos petistas, com todos os erros cometidos, pelos menos conseguiram fazer isso com justiça. Com cinco dias de amostra do governo “interino”, já temos amostras suficiente que isso não será cumprido. Um governo que decreta o fim da Cultura não pode dar certo. Abraços fraternos.