Timoneiro

Câmara debate prestação de serviço na área da energia elétrica com Agergs

Câmara pede ajuda à Agergs sobre serviço prestado pela AES Sul. Foto: Willyan Bertotto

Câmara pede ajuda à Agergs sobre serviço prestado pela AES Sul. Foto: Willyan Bertotto

 

O conselheiro-presidente da Agência Estadual de Regulação dos Serviços Públicos Delegados do Rio Grande do Sul (Agergs), Alcebíades Santini, participou do Grande Expediente que debateu, nesta terça-feira, 17, os problemas envolvendo a prestação de serviços da AES Sul em Canoas.

O espaço, proposto pela Mesa Diretora da Câmara, teve o objetivo de encaminhar as principais demandas identificadas no município, como a situação dos postes de madeira e a falta de um canal de comunicação mais eficiente, assuntos recorrentes nos pronunciamentos dos vereadores e alvo de inúmeros requerimentos encaminhados à concessionária.

 

Dociê

Representantes de diferentes bancadas apresentaram as situações consideradas mais críticas. Santini solicitou que a Câmara reúna as informações em um dossiê. Com base no documento, a Agergs deverá solicitar uma reunião com o responsável local da AES Sul e notificar a empresa para que apresente, no prazo de dez dias, as respostas aos questionamentos.

O presidente da Casa, vereador Paulo Ritter (PT), afirmou que o Legislativo canoense está contando com o apoio da associação para conseguir solucionar os problemas relatados. Ele entregou a Santini, inclusive, um abaixo-assinado da Associação de Moradores do Bairro São Luís e documento encaminhado pelo líder do governo, vereador Ivo Fiorotti (PT), com as Indicações à AES Sul protocoladas pelo seu gabinete.

Alcebíades Santini, conselheiro-presidente da Agência Estadual de Regulação dos Serviços Públicos Delegados do Rio Grande do Sul (Agergs). Foto: Willyan Bertotto.

Demandas

O vereador Ivo Lech defendeu uma maior transparência em relação à divulgação dos dados da AES Sul, entre eles a arrecadação e o percentual de investimento no município. Falando em nome do partido, disse que a cidade já está caracterizada pelos postes. “Canoas não aguenta mais a AES Sul, somos a cidade dos postes de madeira podres e, ao mesmo tempo, representamos a maior arrecadação na área de abrangência da concessionária”, criticou.

O vereador Ivo Fiorotti (PT) apontou que o tema tem sido amplamente discutido no Legislativo, inclusive com a realização de audiências com os gerentes regionais da AES Sul. Reclamou a falta de uma figura responsável para atender as demandas de Canoas e destacou que o crescimento da cidade tem gerado novas necessidades.

José Carlos Patricio (PSD) apontou dois problemas cruciais, na sua avaliação: a falta de identificação dos cabos de telefonia utilizados nos postes e a substituição dos postes deteriorados. “Os pedidos de Indicação dos vereadores não são sequer respondidos. Se falta respeito com o Poder Legislativo imagina com a população”, cobrou.

 

Demora de 600 dias

Para Julio Barbosa (PP) que recentemente teve uma experiência que teve como subprefeito, lembrou que ao solicitar a troca de poste quando ainda membro do poder Executivo obteve resposta da empresa veio somente 600 dias depois. “A AES Sul não tem o mínimo de respeito pela população de Canoas”, observou. O vereador Dr. Walmor Solano Herrmann (PDT) comentou os cortes de energia elétrica sem aviso prévio.

O vereador Emilio Neto (PT) citou o caso de cinco postes que, após a ocorrência de vento, caíram na avenida principal do bairro Guajuviras – todos apresentavam a base podre. “É unanimidade entre os vereadores que o atendimento prestado pela AES Sul é de péssima qualidade”, afirmou. Emilio criticou também o que considera “gambiarras” feitas pela empresa para evitar as quedas dos postes de madeira, com a colocação de escoras.

Aloisio Bamberg (PCdoB) avaliou a atuação da empresa como “prejudicial à cidade”. O parlamentar citou a existência de uma ação civil pública, protocolada pelo vereador Juares Hoy (PTB), contra o fechamento da central de atendimento da Boqueirão – a unidade foi desativada após a abertura de loja no Conjunto Comercial, no centro. O vereador Dr. Pompeu (PTB) solicitou a Hoy informações sobre a ação e reclamou da falta de canal de comunicação com a AES Sul. “Não é possível esse tipo de situação na concessão de uma área tão importante como a da energia elétrica”, ponderou. Para Cezar Mossini (PMDB) também apontou a comunicação como uma das maiores dificuldades relacionadas à concessionária. Ele citou ainda a falta de sensibilidade na resolução dos problemas.

Sair da versão mobile