Connect with us

Comunidade

Trânsito continua caótico em frente às escolas particulares

Published

on

Trânsito é intenso nas escolas particulares de Canoas. Foto: Bruno Lara/OT.

Trânsito é intenso nas escolas particulares de Canoas. Foto: Bruno Lara/OT.

 

Por Bruno Lara e
Émerson Vasconcelos

Na última semana, o jornal O Timoneiro abordou, em uma de suas reportagens, o caos no trânsito que se forma na avenida Victor Barreto nos momentos de entrada e saída dos alunos do Colégio La Salle Canoas. Se a reclamação dos pais, neste caso específico, é de que a Prefeitura os multa e não toma nenhuma providência para que o trânsito funcione de forma satisfatória, o problema muda em frente a outras instituições de ensino particulares. Em frente aos colégios Espírito Santo, na rua Tamoio, e Cristo Redentor, na avenida Inconfidência, os agentes de trânsito não aparecem nem mesmo para multar.

Fila dupla

Tanto em frente ao Espírito Santo quanto ao Cristo Redentor a fila dupla e a obstrução do trânsito são uma realidade diária. Os pais entrevistados em ambos os locais apontaram que parar em fila dupla é a única opção, já que, segundo eles a fiscalização de trânsito não se faz presente para organizar o fluxo de veículos.

Por outro lado, eles acreditam que se a Prefeitura atuasse naqueles locais, aconteceria o mesmo que ocorre em frente ao La Salle, com muitas multas sendo aplicadas e nenhuma medida visando facilitar a vida de quem precisa levar ou buscar o filho e só para em fila dupla porque não se sente seguro para estacionar nas ruas do entorno.

Roubos de veículos

Segundo pais de alunos das duas escolas, as áreas próximas às instituições de ensino têm sido alvo da atuação de ladrões de veículos. Com isso, a melhor alternativa acaba sendo enfrentar o engarrafamento e estacionar ao lado de outro.

O administrador Rafael Gomes, 29 anos, pai de aluno do Colégio do bairro Nossa Senhora das Graças, Espírito Santo, lembra que a presença dos guarda de trânsito só ocorre no começo e no final do ano letivo, mais especificamente nos meses de dezembro e março. Ele também relatou o temor em relação aos roubos de veículos na região. “Eles vêm aqui nestas épocas e não ajudam a coordenar o trânsito, só multam. Uma vez fui pedir uma informação para um dos agentes e ele me atendeu de má vontade, disse só ‘se botar ali é multa”. Acaba que a fila dupla acontece porque a rua aqui é estreita e a gente tem medo de estacionar nas ruas em volta, já que tem muito roubo a veículos por aqui”, relatou.

Em frente ao Colégio Cristo Redentor, no bairro Marechal Rondom, nossa equipe de reportagem conversou com pais e funcionários que preferiram não se identificar. Os entrevistados relataram que a incidência de roubos de veículos naquela redondeza também é alta e, por isso, os responsáveis pelos alunos acabam optando por parar em frente ao portão principal.

Como amenizar?

O militar José Luiz da Silva, 36 anos, pai de aluno do Colégio Espírito Santo, também pontuou a questão do roubo de veículos, mas sugere que medidas sejam tomadas pela escola para amenizar os problemas da fila dupla. “De manhã seria muito útil ter uma equipe da escola para receber os alunos. Assim os pais não precisariam estacionar, já que viria uma pessoa até o carro logo que ele parasse e levaria a criança para dentro da escola. Agora, a única alternativa é estacionar, descer do carro, levar a criança até a escola e, com isso, acaba acontecendo a fila dupla, é inevitável. Por outro lado, se mandarem guardas de trânsito aqui, eles só vão multar e os pais terão que pagar estacionamento privado, já que estacionando nas quadras em volta do colégio podemos ter os carros roubados na rua” , afirmou.

Patrícia Miranda, 19 anos, que trabalha no setor de robótica de uma empresa que funciona dentro do Colégio Cristo Redentor, testemunha diariamente a confusão gerada em frente à escola. Ela sugere que uma mudança importante seja realizada naquela região: “Acredito que uma sinaleira ali na esquina da avenida Inconfidência com a rua São Pedro poderia ajudar a organizar melhor o fluxo e não daria tanto congestionamento”.

O que diz a Prefeitura

A Secretaria Municipal de Transportes e Mobilidade (SMTM) informou que tem realizado ações, “uma ou duas vezes por semana, diretamente nestas escolas, no sentido de conscientizar os pais de alunos quanto ao trânsito e estacionamento em frente às escolas”. Referente à questão de segurança, disse que o tema “vem sendo tratado no âmbito do Gabinete de Gestão Integrada do Município (GGI-M), da Secretaria de Segurança Pública e Cidadania, que já determinou a inclusão destes locais às ações de fiscalização, que vem ocorrendo”.

 

As ruas ficam intransitáveis em horários de entrada ou saída de alunos das escolas particulares de Canoas. Foto: Bruno Lara/OT.

As ruas ficam intransitáveis em horários de entrada ou saída de alunos das escolas particulares de Canoas. Foto: Bruno Lara/OT.

Continue Reading
Click to comment

You must be logged in to post a comment Login

Leave a Reply

Comunidade

Sorteio do Minha Casa, Minha Vida contempla 250 famílias. Confira lista.

Published

on

Foto: Jhennifer Wolleng

Com transmissão ao vivo pela internet, a Prefeitura de Canoas, por meio da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano e Habitação, realizou nesta quarta-feira (16) o sorteio do programa Minha Casa, Minha Vida. No auditório Sady Schivitz, na sede da Prefeitura, foram contempladas 250 famílias, que irão morar nos Residenciais Pistoia e Santa Fé, no bairro Rio Branco. Também foram sorteados os candidatos suplentes.

Os dois complexos habitacionais estão em fase de construção, com previsão de entrega dos imóveis para setembro deste ano. Antes de ocupar o imóvel em definitivo, os contemplados passarão pelo processo de análise documental na Caixa Econômica Federal e pelo trabalho técnico-social da Prefeitura, que promove um processo de adaptação das famílias à nova moradia.

Confira aqui a lista dos sorteados

Ao todo, os Residenciais Pistoia e Santa Fé oferecem 500 unidades habitacionais. A outra metade das famílias que irá morar no local será reassentada, já que ocupavam anteriormente invasões que foram alvo de reintegração de posse pelo município.

Nesta quarta-feira, participaram do sorteio os cidadãos que realizaram o recadastramento. Enquadram-se nos critérios nacionais famílias residentes em áreas de risco, insalubres ou que tenham sido desabrigadas, comprovado por declaração do ente público; famílias com mulheres responsáveis pela unidade familiar, comprovado por autodeclaração; e famílias das quais faça(m) parte pessoa(s) com deficiência, comprovado com a apresentação de atestado médico.

Continue Reading

Comunidade

Assembleia de Deus comemora 80 anos de fundação em Canoas

Published

on

A igreja Assembleia de Deus, de Canoas, comemora uma marco importante na cidade. O Jubileu de Carvalho da entidade ocorre nesta sexta-feira, 18 de agosto, e terá programação intensa de comemorações. O pastor Edegar Machado, líder da igreja no município há mais de 30 anos, recebeu a reportagem de O Timoneiro para falar acerca da programação das celebrações e sobre a atuação na cidade.

Tamanho

A importância da Assembleia de Deus, de Canoas, é contada também em números. A instituição, de acordo com Edegar, abrange atualmente 16 mil membros e conta com 88 igrejas na cidade. “A igreja se expandiu através do trabalho missionário e atua em diversos ponto do mundo”, conta Edegar.

Visão Social

O pastor destaca a visão social da instituição: “Não temos somente o trabalho espiritual, mas cuidamos do lado social. Eu considero isso como a outra mão da igreja. Nós temos o lado humano, que é alcançar as pessoas em suas necessidades”, comenta. O trabalho realizado abrange especialmente o cuidado de crianças. Edegar ainda citou projetos como escolas artesanais, que ajudam no desenvolvimento de trabalhos comunitários, além de postos de distribuição de sopa vinculados à Associação Beneficente Lar Esperança de Canoas , onde são atendidas cerca de mil crianças por semana.

Programação

A igreja promove cultos de celebração na sexta-feira, 19, até domingo, 20, no templo central da Assembleia de Deus, no bairro Mathias Velho. No domingo, a partir das 9 horas, ocorre concentração na praça Antonio Beló, na Rua Dr. Barcelos, onde será inaugurado um monumento em homenagem aos 80 anos da igreja. Após, são esperadas quatro mil pessoas para uma caminhada até o templo central da instituição, onde ocorrerá culto de graças.

História

Por determinação do pastorado da Igreja em Porto Alegre, o evangelista Amaro dos Santos foi designado, em 1937, para cuidar do trabalho da instituição em Canoas. Os primeiros cultos ocorreram no bairro Niterói. Ficou marcado na história da igreja um grande culto, realizado junto a uma figueira localizada nas proximidades da casa de André Lemos, em 18 de agosto de 1937. O local permanece com a figueira até hoje e, por conta disso, foi escolhido como local para a homenagem aos 80 anos da instituição.

Continue Reading

Comunidade

Canoense tem 94 anos de futebol, mídia, direção e simplicidade

Published

on

Marcelo Grisa

Hélio Ferreira da Silva nasceu em 1º de outubro de 1923. Filho de empregados na fazenda do estancieiro Victor Barreto, o motorista aposentado viu a história do século XX como poucos canoenses puderam. Hélio hoje mora com os sobrinhos Júlio Ragazzon e Raquel Araújo. E esta é sua história.

O futebol e a guerra

No começo de 1932, Hélio observava o nascimento do Sport Club Oriente, um dos mais tradicionais de Canoas. Alguns anos depois, jogou no time e virou craque. Como atacante central, marcava muitos gols.

A incipiente trajetória de Hélio Ferreira no futebol incluiu passagens pelo Canoense e até mesmo no Grêmio. Entretanto, uma grave lesão o afastou em definitivo dos gramados. Uma “pisada” deixou como lembrança um esmagamento logo acima do joelho. “Eu até poderia jogar, mas nunca mais fui. Deu muito medo”, explica.
“Às vezes eu ainda sonho com as mulheres da arquibancada me chamando. Parece que me vejo jogando de novo”, admite. Mas a vida ainda tinha reservado muito mais para o canoense de fala fácil e sorriso alegre.

Nesta época, o canoense já estava na Aeronáutica. Começava a Segunda Guerra Mundial, e todos no quartel ficavam de prontidão, recebendo apenas um dia de folga por semana. “Eu ficava em casa de farda. Se a sirene tocasse, tínhamos meia hora para nos apresentar”, lembra.

Hélio Ferreira da Silva, entretanto, nunca veria os fronts da Força Expedicionária Brasileira (FEB) na Itália. Há poucos dias de ser embarcado para o campo de batalha, chegava o mês setembro de 1945. A guerra acaba.

Hélio “Caldas” e Ernesto Geisel

Mesmo antes, durante e depois da guerra, a vivência nas Forças Armadas proporcionou o que seria uma de suas maiores paixões: os carros. Depois de sete anos, saiu da Aeronáutica e tornou-se motorista particular. Acabou por trabalhar 40 anos de sua vida para a Companhia Jornalística Caldas Júnior, dona do jornal Correio do Povo, como motorista da família de Breno Caldas. Por muito tempo, sua família morou na propriedade da família Caldas no bairro Belém Novo, em Porto Alegre.

Recentemente, Hélio visitou os netos de Breno, que o chamaram de “Hélio Caldas”, tamanha fora sua contribuição para a família.
Mas as mais histórias das quais Hélio mais se lembra são aquelas que envolviam os governos da ditadura militar. Primeiro, quando o golpe era dado, em 1º de abril de 1964, Breno Caldas pediu ao motorista que buscasse suas filhas na Rua Coronel Bordini, no bairro Auxiliadora, e as trouxesse ao Belém Novo. Recebeu uma arma, e deveria impedir, depois de todos em casa, que qualquer um entrasse na propriedade. Tendo que lidar com militares às portas do terreno, Hélio deixou-os entrar, mas cuidou cada movimento deles. Depois de uma medição no terreno – o que acontecia no local com frequência – eles foram embora sem maiores percalços.

Em outra oportunidade, em razão do aniversário de Breno Caldas, o presidente Ernesto Geisel, também gaúcho, veio até a fazenda para parabenizá-lo. Hélio teve que esconder um papagaio, que era ilegal, da vista do mandatário. Como um dos genros do patrão acabou por entregar a existência da ave, Geisel exigiu vê-la.
O que se sucedeu, entretanto, tranquilizou a todos. Ao ver o papagaio, que havia sido ensinado a falar muitos palavrões, o presidente desatou-se a rir mesmo sendo xingado pelo bicho.

Cuidado com o caminhão

Ao aposentar-se, Breno Caldas queria que Hélio continuasse trabalhando para ele, mesmo que não mais tendo carteira assinada por sua companhia. Não era bem sua ideia: eram os anos finais da Caldas Júnior antes de sua venda, e o motorista tinha o sonho de ter um caminhão e trabalhar com entregas.

Acabou recebendo a chave de um veículo à sua escolha entre 18 que estavam na garagem da propriedade, escondidos dos credores. “Breno puxou um bolo de chaves do bolso e disse: ‘Escolhe uma. Pode pegar.’ Mais tarde fui lá e escolhi um caminhão.”

Graças à rápida passagem da titularidade dos documentos, Hélio pode ficar com o veículo até poucos anos atrás, quando parou de dirigir. “Não quero me gabar, mas nunca causei nenhum acidente. Com a idade, preferi pedir para o Júlio aqui me levar nos lugares. Não é agora que eu vou ter um solavanco e acabar machucando alguém”, preocupa-se.

Continue Reading

Trending

Copyright © 2023 Jornal Timoneiro. Developed By Develcomm