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UBS Prata tem obras paradas por falta de recursos no Fátima

Secretaria Municipal da Saúde afirma que governo federal não repassou totalidade da verba

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Obra da UBS Prata, no Fátima, não tem nenhuma parede levantada até o momento. Foto: Bruno Lara/OT

Obra da UBS Prata, no Fátima, não tem nenhuma parede levantada até o momento. Foto: Bruno Lara/OT

 

Por Bruno Lara

O Dia Mundial da Saúde, comemorado na última quinta-feira, 7, foi de decepção para os moradores do bairro Fátima que aguardam com ansiedade a conclusão das obras da Unidade Básica de Saúde (UBS) Prata, eleita no Orçamento Participativo, que começou a ser construída em 23 de março de 2015 e deveria ser entregue em 22 de março deste ano, mas não o foi. De responsabilidade da empresa Ecohpolis Construtora, a estrutura ainda está na fase de escora das vigas, sem sequer uma parede levantada até o momento.

Avaliada em R$ 1.175.642,31, proveniente do Programa Requalifica UBS, com recursos do Ministério da Saúde e da Prefeitura de Canoas, a UBS deveria ter 597,63m², com consultórios médicos e odontológicos, salas de curativos, de observação, de procedimentos, de utilidades e de esterilização, salas de espera e recepção, de inalação coletiva e de vacinas, entre outros espaços administrativos e funcionais.

 

O que diz a Prefeitura

A Secretaria Municipal da Saúde informou que a obra, orçada em R$ 1,19 milhão, “está parada, pois, dos R$ 266 mil que cabem ao governo federal, efetivamente, entraram apenas R$ 26 mil. Em função da queda de arrecadação de R$ 115 milhões em 2015, o Município, sozinho, não conseguiu assegurar a continuidade da obra. Diante deste cenário, a Secretaria priorizou dar seguimento e concluir outras unidades que estavam em estágio mais avançado de execução”, explicou.

A obra da UBS Prata, conforme informou órgão, “será retomada, assim que o Município entregar as unidades que estão em fase de conclusão”, garante.

 

Nereo Huff, de 74 anos, espera há cinco anos por exame. Foto: Bruno Lara/OT.

Nereo Huff, de 74 anos, espera há cinco anos por exame. Foto: Bruno Lara/OT.

Há cinco anos na espera de um exame

Enquanto obras como a UBS Prata não ficam prontas e leitos fecham no Hospital da Ulbra, Breno Nereo Huff, de 74 anos, é um dos que aguarda por um ecocardiograma, um exame de ultrassonografia do coração, há mais de cinco anos. “Os exames não são muito rápidos. Ligaram em outubro do ano passado para ver se eu estava vivo, mas não disseram a data do exame”, relata Breno, que é morador do bairro Niterói há 65 anos. Ele elogia o tratamento que recebe na Ulbra, onde trata de uma fibrose pulmonar.

Segundo a Prefeitura Municipal de Canoas, 525 pessoas estão aguardando no momento pelo mesmo exame. “O tempo de espera é regulado conforme prioridade justificada pelo técnico da área”, justifica.
Por meio de nota, a Secretaria de Saúde informou que o mesmo realizará o exame no dia 19 de abril desde ano, às 11 horas. “Já estava agendado, avisamos os pacientes em torno de 15 dias antes da data agendada”, conclui.

 

Dois casos de Gripe A confirmados

Os primeiros casos de Gripe A na cidade já foram registrados. São duas crianças de 1 e 4 anos. Um atendido na Capital, Porto Alegre, e outro internado no Hospital de Pronto Socorro de Canoas (HPSC), ambos sem a identidade divulgada pela Secretaria Estadual de Saúde, que confirmou a informação. A informação que se tem é que ambas não foram vacinadas em 2015.

 

Vacinas

A Campanha anual de vacinação contra a Influenza (H1N1) se inicia em Canoas no dia 25 de abril. O prazo foi antecipado pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS), já que a campanha nacional tem início apenas no dia 30 deste mês. Essa vacinação será realizada por grupos prioritários como crianças de seis meses a menores de cinco anos, gestantes, mulheres que deram a luz (considerando 45 dias após o parto), trabalhador da área da saúde, indígenas, idosos, adolescentes e jovens de 12 a 21 anos sob medidas socioeducativas, além portadores de doenças crônicas.

 

Estado

No Rio Grande do Sul já são duas as mortes registradas em Porto Alegre. Um menino de 7 anos e um homem de 35 anos foram vítimas do H1N1 que ainda não teve a campanha iniciada no território nacional.

 

País

Do início do ano até o final do mês de março, foram 444 casos de H1N1 registrados no país. Foram 71 óbitos segundo o Boletim Epidemiológico divulgado pelo Ministério da Saúde. O estado mais preocupante é o de São Paulo. Dos 372 casos registrados, 55 já faleceram. O segundo estado com maior número de contaminados é Santa Catarina, com 22 infectados.

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Sorteio do Minha Casa, Minha Vida contempla 250 famílias. Confira lista.

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Foto: Jhennifer Wolleng

Com transmissão ao vivo pela internet, a Prefeitura de Canoas, por meio da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano e Habitação, realizou nesta quarta-feira (16) o sorteio do programa Minha Casa, Minha Vida. No auditório Sady Schivitz, na sede da Prefeitura, foram contempladas 250 famílias, que irão morar nos Residenciais Pistoia e Santa Fé, no bairro Rio Branco. Também foram sorteados os candidatos suplentes.

Os dois complexos habitacionais estão em fase de construção, com previsão de entrega dos imóveis para setembro deste ano. Antes de ocupar o imóvel em definitivo, os contemplados passarão pelo processo de análise documental na Caixa Econômica Federal e pelo trabalho técnico-social da Prefeitura, que promove um processo de adaptação das famílias à nova moradia.

Confira aqui a lista dos sorteados

Ao todo, os Residenciais Pistoia e Santa Fé oferecem 500 unidades habitacionais. A outra metade das famílias que irá morar no local será reassentada, já que ocupavam anteriormente invasões que foram alvo de reintegração de posse pelo município.

Nesta quarta-feira, participaram do sorteio os cidadãos que realizaram o recadastramento. Enquadram-se nos critérios nacionais famílias residentes em áreas de risco, insalubres ou que tenham sido desabrigadas, comprovado por declaração do ente público; famílias com mulheres responsáveis pela unidade familiar, comprovado por autodeclaração; e famílias das quais faça(m) parte pessoa(s) com deficiência, comprovado com a apresentação de atestado médico.

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Assembleia de Deus comemora 80 anos de fundação em Canoas

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A igreja Assembleia de Deus, de Canoas, comemora uma marco importante na cidade. O Jubileu de Carvalho da entidade ocorre nesta sexta-feira, 18 de agosto, e terá programação intensa de comemorações. O pastor Edegar Machado, líder da igreja no município há mais de 30 anos, recebeu a reportagem de O Timoneiro para falar acerca da programação das celebrações e sobre a atuação na cidade.

Tamanho

A importância da Assembleia de Deus, de Canoas, é contada também em números. A instituição, de acordo com Edegar, abrange atualmente 16 mil membros e conta com 88 igrejas na cidade. “A igreja se expandiu através do trabalho missionário e atua em diversos ponto do mundo”, conta Edegar.

Visão Social

O pastor destaca a visão social da instituição: “Não temos somente o trabalho espiritual, mas cuidamos do lado social. Eu considero isso como a outra mão da igreja. Nós temos o lado humano, que é alcançar as pessoas em suas necessidades”, comenta. O trabalho realizado abrange especialmente o cuidado de crianças. Edegar ainda citou projetos como escolas artesanais, que ajudam no desenvolvimento de trabalhos comunitários, além de postos de distribuição de sopa vinculados à Associação Beneficente Lar Esperança de Canoas , onde são atendidas cerca de mil crianças por semana.

Programação

A igreja promove cultos de celebração na sexta-feira, 19, até domingo, 20, no templo central da Assembleia de Deus, no bairro Mathias Velho. No domingo, a partir das 9 horas, ocorre concentração na praça Antonio Beló, na Rua Dr. Barcelos, onde será inaugurado um monumento em homenagem aos 80 anos da igreja. Após, são esperadas quatro mil pessoas para uma caminhada até o templo central da instituição, onde ocorrerá culto de graças.

História

Por determinação do pastorado da Igreja em Porto Alegre, o evangelista Amaro dos Santos foi designado, em 1937, para cuidar do trabalho da instituição em Canoas. Os primeiros cultos ocorreram no bairro Niterói. Ficou marcado na história da igreja um grande culto, realizado junto a uma figueira localizada nas proximidades da casa de André Lemos, em 18 de agosto de 1937. O local permanece com a figueira até hoje e, por conta disso, foi escolhido como local para a homenagem aos 80 anos da instituição.

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Canoense tem 94 anos de futebol, mídia, direção e simplicidade

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Marcelo Grisa

Hélio Ferreira da Silva nasceu em 1º de outubro de 1923. Filho de empregados na fazenda do estancieiro Victor Barreto, o motorista aposentado viu a história do século XX como poucos canoenses puderam. Hélio hoje mora com os sobrinhos Júlio Ragazzon e Raquel Araújo. E esta é sua história.

O futebol e a guerra

No começo de 1932, Hélio observava o nascimento do Sport Club Oriente, um dos mais tradicionais de Canoas. Alguns anos depois, jogou no time e virou craque. Como atacante central, marcava muitos gols.

A incipiente trajetória de Hélio Ferreira no futebol incluiu passagens pelo Canoense e até mesmo no Grêmio. Entretanto, uma grave lesão o afastou em definitivo dos gramados. Uma “pisada” deixou como lembrança um esmagamento logo acima do joelho. “Eu até poderia jogar, mas nunca mais fui. Deu muito medo”, explica.
“Às vezes eu ainda sonho com as mulheres da arquibancada me chamando. Parece que me vejo jogando de novo”, admite. Mas a vida ainda tinha reservado muito mais para o canoense de fala fácil e sorriso alegre.

Nesta época, o canoense já estava na Aeronáutica. Começava a Segunda Guerra Mundial, e todos no quartel ficavam de prontidão, recebendo apenas um dia de folga por semana. “Eu ficava em casa de farda. Se a sirene tocasse, tínhamos meia hora para nos apresentar”, lembra.

Hélio Ferreira da Silva, entretanto, nunca veria os fronts da Força Expedicionária Brasileira (FEB) na Itália. Há poucos dias de ser embarcado para o campo de batalha, chegava o mês setembro de 1945. A guerra acaba.

Hélio “Caldas” e Ernesto Geisel

Mesmo antes, durante e depois da guerra, a vivência nas Forças Armadas proporcionou o que seria uma de suas maiores paixões: os carros. Depois de sete anos, saiu da Aeronáutica e tornou-se motorista particular. Acabou por trabalhar 40 anos de sua vida para a Companhia Jornalística Caldas Júnior, dona do jornal Correio do Povo, como motorista da família de Breno Caldas. Por muito tempo, sua família morou na propriedade da família Caldas no bairro Belém Novo, em Porto Alegre.

Recentemente, Hélio visitou os netos de Breno, que o chamaram de “Hélio Caldas”, tamanha fora sua contribuição para a família.
Mas as mais histórias das quais Hélio mais se lembra são aquelas que envolviam os governos da ditadura militar. Primeiro, quando o golpe era dado, em 1º de abril de 1964, Breno Caldas pediu ao motorista que buscasse suas filhas na Rua Coronel Bordini, no bairro Auxiliadora, e as trouxesse ao Belém Novo. Recebeu uma arma, e deveria impedir, depois de todos em casa, que qualquer um entrasse na propriedade. Tendo que lidar com militares às portas do terreno, Hélio deixou-os entrar, mas cuidou cada movimento deles. Depois de uma medição no terreno – o que acontecia no local com frequência – eles foram embora sem maiores percalços.

Em outra oportunidade, em razão do aniversário de Breno Caldas, o presidente Ernesto Geisel, também gaúcho, veio até a fazenda para parabenizá-lo. Hélio teve que esconder um papagaio, que era ilegal, da vista do mandatário. Como um dos genros do patrão acabou por entregar a existência da ave, Geisel exigiu vê-la.
O que se sucedeu, entretanto, tranquilizou a todos. Ao ver o papagaio, que havia sido ensinado a falar muitos palavrões, o presidente desatou-se a rir mesmo sendo xingado pelo bicho.

Cuidado com o caminhão

Ao aposentar-se, Breno Caldas queria que Hélio continuasse trabalhando para ele, mesmo que não mais tendo carteira assinada por sua companhia. Não era bem sua ideia: eram os anos finais da Caldas Júnior antes de sua venda, e o motorista tinha o sonho de ter um caminhão e trabalhar com entregas.

Acabou recebendo a chave de um veículo à sua escolha entre 18 que estavam na garagem da propriedade, escondidos dos credores. “Breno puxou um bolo de chaves do bolso e disse: ‘Escolhe uma. Pode pegar.’ Mais tarde fui lá e escolhi um caminhão.”

Graças à rápida passagem da titularidade dos documentos, Hélio pode ficar com o veículo até poucos anos atrás, quando parou de dirigir. “Não quero me gabar, mas nunca causei nenhum acidente. Com a idade, preferi pedir para o Júlio aqui me levar nos lugares. Não é agora que eu vou ter um solavanco e acabar machucando alguém”, preocupa-se.

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