Timoneiro

Idosa sofre com falta de fraldas e de consultas com especialistas

A canoense Santa Marina da Rosa Silva, 67 anos, está com problemas para marcar consultas com especialistas e para receber as fraldas que ela necessita usar diariamente. Segundo sua filha Alexandra Estefani de Bittencourt o recebimento de fraldas cessou em novembro e só voltou a ocorrer na semana passada, quando a família recebeu 80 unidades. Como a paciente utiliza cerca de oito por dia, a quantidade foi insuficiente. Além disso, os familiares tentam marcar cirurgião vascular desde setembro de 2015 e neurocirugião desde novembro do mesmo ano.

 

Calvário

A paciente teve a coluna operada em 2013, no Hospital Nossa Senhora das Graças (HNSG), pela equipe do doutor Fernando Sanchis, apontado como um dos responsáveis pela Máfia das Próteses. Como a cirurgia teve complicações, a paciente passou por mais três operações corretivas e acabou tendo os pinos da coluna retirados. Segundo a família, a equipe médica informou que as complicações se deram porque os pinos estariam infectados em decorrência de uma contaminação generalizada no bloco cirúrgico.

 

Vítima da máfia?

Ainda de acordo com familiares, o hospital não fornece a informação da procedência dos pinos utilizados pela equipe de Sanchis na operação inicial, o que faz com que eles suspeitem que ela teria sido vítima do esquema criminoso da equipe do médico.

 

Sequela

O resultado da série de cirurgias mal-sucedidas foi a formação de uma fístula e o vazamento de líquor da coluna. Com todas estas complicações, a paciente acabou dependente de uma cadeira de rodas e atualmente usa um dispositivo de drenagem (DVP) na cabeça.

 

Questionamentos

Nossa equipe de reportagem entrou em contato com a Prefeitura para saber por que motivo uma paciente em situação tão grave, provocada possivelmente por falha do próprio sistema público de saúde, não consegue marcar especialistas e mostrar seus exames.

 

O que diz a Prefeitura

Em nota, o órgão respondeu que a entrega de fraldas “solicitadas pela referida paciente, a título de auxílio, foi interrompida devido à falta do produto pelos fornecedores. O pedido de compra foi realizado.”
Disse ainda que durante os contatos realizados com a ouvidoria da Secretaria Municipal de Saúde, “a paciente não manifestou necessidade de consulta com cirurgião vascular. Ela estava aguardando uma consulta com neurologista, o que ocorreu no dia 2 de fevereiro. O exame de ressonância magnética da paciente está marcado para o dia 09 de abril às 9h15min. Posteriormente, será marcada a consulta com o neurocirurgião”, afirmou.

 

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