Pois, dia desses, eu saboreava minha taça de vinho diária, enquanto papeava com dois amigos. De repente disparei “Tomara que o Lula seja inocente”. Talvez duvidaram da minha lucidez, mas o vinho não me pegara, nunca me pega. Então expliquei: nosso “amado” Brasil está quase convulsionado, o passionalismo, o fanatismo, a ignorância e o ódio orientam palavras e ações. Isso é perigoso, explosivo, deve ser logo sufocado por um sentimento maior, o de amor ao desamado Brasil.
Lula, operário, chegou à Presidência, quebrando a sequência de doutores de verdade e supostos, tomara seja inocente. Antecipe-se a acusação que o faria réu, e bote todas suas fichas na mesa. Sabe que temos o mau hábito de condenar suspeitos. Então, ajude logo a Justiça, em benefício próprio, de todos nós que estamos com o saco cheio de corrupção. Seria desumano desejar que alguém seja desonesto, criminoso. Humano é desejar que todos sejamos inocentes.
Espírito de nação
Em meu livro “Crônicas de um amor crônico”, está que “Uma nação, um município, uma cidade, são como famílias em que alegrias e tristezas, fartura e necessidades devem ser partilhadas conforme critérios justos; nenhuma classe, ou categoria social, tem o direito de se privilegiar à custa do que possa faltar aos irmãos marginalizados pelo sistema”. Uma clara referência ao espírito de nação que nos falta, como reafirmei recentemente.
Agora, dia 1º deste mês, leio no jornal Zero Hora este pequena notícia, que dá enorme desgosto: “Com o pagamento de R$ 2,3 mil, o governo quitou o salário de 56,48% dos servidores do Executivo. Esse valor equivale a 50% do auxílio-moradia de juízes, promotores, defensores e conselheiros do Tribunal de Contas”.
Dia da Mulher
Somos todos “filhos da mãe”. Todas as mulheres são e podem ser mãe, que nos dão de mamar, nos protegem de tudo, nos ensinam o que esquecemos, muitas vezes. Algum outro ser é tão maravilhoso?