A revista Isto É revelou com exclusividade trechos da delação premiada feita pelo senador Delcídio do Amaral, que era líder do governo no Senado Federal. Segundo ele, o deputado canoense e outros três parlamentares chantageavam empreiteiros envolvidos na operação Lava Jato, da Polícia Federal (PF).
A informação é que o parlamentar, junto com o deputado Fernando Francischini (SD-PR), o senador Gim Argello (PTB-DF) e o senador Vital do Rego (PMDB-PB) cobraram o pagamento de uma espécie de “pedágio” para que Léo Pinheiro, da OAS, Júlio Camargo, da Toyo Setal e Ricardo Pessoa, da UTC, não fossem convocados a prestar depoimento na Comissão Parlamentar de Inquérito.
Marco Maia foi relator da CPI mista da Petrobrás e, no primeiro texto, não pediu o indiciamento de ninguém.
O parlamentar foi procurado pelo jornal Zero Hora e emitiu nota oficial classificando a acusação de Delcídio Amaral como um “boato, que se soma a tantos outros, com o intuito de tão somente manchar imagens e reputações”. Marco Maia falou, também, que se a delação for verdadeira, a fala seria para desgastar o Partido dos Trabalhadores, mesmo que o delator seja antigo líder do PT. “Não recebi nenhuma doação, durante a campanha eleitoral de 2014, de qualquer empresa que estivesse sendo investigada pela CPMI, conforme comprova minha prestação de contas à Justiça eleitoral”, declarou a ZH.
No relatório final, após ser criticado no primeiro relatório, aprovado pela CPI mista, Maia pediu o indiciamento de 52 pessoas, entre elas, as citadas pelo delator.