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Opinião: Lixo: Uma questão de saúde, segurança e educação

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bruno27012016

Por Bruno Lara

 

Na manhã desta quarta-feira, 27 de janeiro de 2016, visitamos a Vila Cerne, no final do bairro Harmonia, em Canoas, atendendo ao pedido de uma amiga moradora do local e também dos moradores que há muito reclamam da situação que não é nenhuma novidade: o lixo a céu aberto.

Parece-nos lógico, desde os primórdios, a importância de recolher o lixo, um dos maiores problemas ambientais de todas as nações do mundo.

Estes dias revia o documentário “Ilha das Flores”, de 1989. O curta-metragem porto alegrense, que mostra o trajeto dos alimentos que chegam para os moradores da ilha, após serem descartados por humanos e porcos, foi premiado, recomendado, e até hoje é lembrado. A película de Jorge Furtado mostra a questão social, uma crítica a diferença social.

Esse lixo povoa Canoas. Descartado por moradores de classe média que servem de alimento para muitos nos lixões do estado. Ele está em praticamente todas as ruas da cidade. Basta alguém depositar uma telha em frente a um terreno que os demais vizinhos aproveitam a deixa para limpar os pátios e fazer da rua uma miniatura de lixão. O lixo atrai roedores, animais em geral que ajudam no processo de decomposição dos resíduos, sobretudo os orgânicos.  Estes, por ventura, vão para dentro das casas e lá fazem a festa. Aí aparecem as reclamações. O problema finalmente invadiu suas particularidades e, agora, é uma questão séria.

A atribuição de recolher este lixo é da Prefeitura, embora as respostas oficiais neguem. As pessoas cobram do poder público por não ter recolhido aquilo que jogaram em frente a um terreno qualquer, geralmente abandonado, com vegetação atuante. Uma paisagem que tinha tudo para ser muito bem aproveitada, com o transitar de um trem de carga e a passagem de um arroio, hoje é só mais um ponto que deixa de ser ocupado por pessoas e passa a ser ocupado pelo lixo.  Neste caso, em específico, serve de playground para um simpático vira-lata que parece não gostar de invasores em seu território.

Cão cuida do seu lixo na avenida Rio dos Sinos, no Harmonia.

Foto: Bruno Lara/OT

A atribuição do município é dar suporte aos moradores. É atribuição do poder público sim limpar, instruir para que não se faça novamente, multar se for necessário, criar locais propícios para o despejo destes materiais, informar aos cidadãos da existência destes locais, de sua localização e aí por diante. É seu trabalho, sua essência. Se não for para resolver assuntos como este não precisaria existir.

Este espaço na Vila Cerne me chamou atenção. Na esquina, uma câmera da Prefeitura instalada, com visão privilegiada para a rua e o local em questão, ou seja, identificar os descartadores não é o problema. Limpar já virou rotina e, como tudo que é rotina, é mal feito. “A Prefeitura limpa, mas deixa um pouco aí e nem saíram as máquinas já tem gente jogando lixo de novo”, me contou um morador. Lá, em pleno combate assíduo ao mosquito Aedes aegypti, pneus descansam e acumula água parada a vontade.

Eis a questão. Os defensores do poder público defendem o discurso pronto de que a culpa não é do prefeito. É culpa do Prefeito sim. Cabe a ele montar um plano de ação para o lixo, construir locais, orientar os cidadãos, criar políticas públicas que resolvam o problema. As eleições vêm aí e a saída, ao que tudo indica, é utilizar o poder do voto para escolher aquele que olha o problema com seriedade e apresenta soluções para o mesmo.

“Nós queremos é saúde, educação e segurança”, me disse uma senhora na porta do supermercado outro dia. O povo se esquece, pelo visto, que o lixo na rua traz doenças, que os pontos com maior penumbra – como é o caso da avenida Rio dos Sinos e de tantos outros, sem iluminação – é o esconderijo dos que roubam e traficam e que jogar o lixo lá é uma tremenda falta de educação.

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Recursos do Carnaval são destinados para a área da saúde

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UPA Caçapava tem 35% da reforma concluída com verbas economizadas no Carnaval 2019 / Foto: Graziele Albuquerque

Na última segunda-feira, 17, a Prefeitura de Canoas cancelou oficialmente o Carnaval 2020 com o intuito de garantir mais recursos para a Saúde do município. O comunicado postado em redes sociais causou alvoroço entre os carnavalescos pelo fato do Carnaval ser cancelado pelo segundo ano consecutivo.

A economia de mais de meio milhão de reais que iria para o evento será destinada a para a conclusão da Clínica de Saúde da Criança, e também para a compra de equipamentos para a unidade que vai funcionar 24h no Hospital Universitário.

O prefeito Luiz Carlos Busato destacou que, mais do que nunca, a gestão eficiente dos recursos municipais é necessária para garantir os serviços essenciais à população. “Espero contar com a compreensão da comunidade carnavalesca que acompanhou todo o nosso trabalho durante o ano para viabilizar o carnaval sem custos aos cofres públicos. Infelizmente não tivemos apoio da iniciativa privada. Vivemos em um momento de crise no país, que exige que façamos escolhas. Estamos priorizando a saúde da nossa população”, assinalou Busato.

Para os integrantes das escolas de samba, o anúncio da Prefeitura foi surpresa para todos. “Através das redes sociais descobrimos que o nosso Carnaval seria cancelado. Achamos uma falta de respeito com o povo carnavalesco, já estamos há dois anos na espera e agora, simplesmente, pela mídia social, cancelar o Carnaval sem ao menos ter nos chamado”, desabafa Daniel, integrante da escola Neném da Harmonia.

Durante todo o ano aconteceram reuniões com a sociedade carnavalesca de Canoas. O secretário de Cultura, Mauri Grando, relembrou que foi dito aos carnavalescos que eles deveriam “construir uma realidade diferente” dentro das escolas.

A Associação das Escolas de Samba de Canoas (AESC) elaborou um projeto, com oficinas produtivas dentro das agremiações, mas este foi indeferido pela Procuradoria Geral do Município, por ser ano de eleição.

Segundo o secretário de Cultura, o presidente da AESC, Noé Oliveira, já estava ciente do cancelamento, pois foi realizada uma reunião na sexta-feira, 14, onde foi exposta a situação.

Mauri Grando explicou o fato de eventos tradicionais de Canoas, como a Festa do Trabalhador, a Semana de Canoas, Feira do Livro e a Semana Farroupilha serem mantidos. “Todo e qualquer evento parte de uma forma, o número de pessoas que atinge a Semana Farroupilha, por exemplo, é 120 mil, ao contrário do Carnaval, que no último foram 5 mil pessoas. Não sei se teremos outros eventos esse ano”, concluiu o secretário.


Upa Caçapava tem 35% de obras concluídas com valor economizado em 2019

Ao cancelar o Carnaval de 2019, a Prefeitura de Canoas garantiu que destinaria a verba da folia para a reforma da UPA Caçapava e para as obras do novo prédio da UBS Santa Isabel; ambas estão em execução.

A equipe de reportagem do jornal Timoneiro visitou a obra de extensão da UPA Caçapava, que promete ser a maior Clinica de Saúde da Família canoense. No total, são 30 funcionários trabalhando na reforma que está com 35% concluída.

A inauguração da unidade, que será a maior do município, deverá acontecer em junho, e a expectativa é que ela atenda uma demanda maior do que a antiga UPA.

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Sede da 2ª Companhia da Brigada Militar é entregue à população

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Foto: Pablo Reis

 

A inauguração da nova sede da 2ª Companhia da Brigada Militar aconteceu na manhã desta quinta-feira, 20, em frente à Praça Dona Mocinha (Rua Júlio de Castilhos, bairro Niterói – Canoas). O investimento foi de R$ 350 mil e os 300 m² de área construída contam com um prédio que um foi pensado para atender as demandas policiais, com sala de reuniões, local para treinamento, recepção e atendimento ao público. De acordo com a Prefeitura, a unidade também vai atender o bairro Nossa Senhora das Graças.

Pronunciamento de autoridades

O vice-governador e secretário da Segurança Pública do Estado, Ranolfo Vieira Júnior, que também já foi secretário municipal de Segurança Pública e Cidadania de Canoas, destacou o alto investimento da Prefeitura em segurança.

O prefeito de Canoas, Luiz Carlos Busato, afirmou que a segurança pública tem sido uma das prioridades da atual gestão, “já que os canoenses viviam uma forte sensação de insegurança”.

O Comandante Geral da Brigada Militar, Rodrigo Mohr Picon, parabenizou a Administração: “Isso é fruto de um trabalho integrado e, principalmente, da importância que é dada pela Prefeitura e pela comunidade de Canoas ao serviço policial. Nas cidades em que há essa preocupação com a segurança, os índices de violência diminuem e Canoas é um exemplo de inteligência policial, de integração das forças policiais e da interação com a comunidade”.

Também participaram do ato de inauguração as demais lideranças municipais, vereadores de Canoas, operadores da segurança pública e a comunidade em geral.

 

 

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HNSG realiza palestra sobre “Prevenção do câncer aos 30 anos”

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O Hospital Nossa Senhora das Graças realizou, juntamente com a Secretaria Municipal de Saúde de Canoas e a Liga Feminina de Combate ao Câncer, uma palestra gratuita com o tema “Prevenção do câncer aos 30 anos”, na manhã desta quinta-feira, 20 de fevereiro.

O encontro aconteceu no Auditório Sady Schiwitz, na Prefeitura de Canoas, e teve como palestrante o Dr. Sören  Marian Chicata Sutmöller, oncologista de reconhecida experiência em serviços de pesquisas médica na área do Câncer e especialista no assunto.

A atividade faz parte do ciclo de ações alusivas ao Dia Mundial de Combate ao Câncer, comemorado anualmente no dia 4 de fevereiro, data escolhida para aumentar a visibilidade e a conscientização sobre a doença.

Ao final da palestra, a equipe de reportagem do Timoneiro conversou com o Dr. Sören, que destacou a necessidade de uma mudança na forma de abordar a prevenção do câncer. “A intenção é tentar transmitir um conceito de que o câncer aparece pelo menos duas décadas antes, a partir dos 30 anos”.

De acordo com o especialista, é possível mudarmos alguns fatores de risco antes que a doença apareça. Pois, de acordo com ele, na verdade, quando a pessoa faz prevenção aos 50 anos de idade, só está fazendo o diagnóstico precoce e não a prevenção de fato. “Nosso intuito é fomentar o pensamento na população de que podemos ser protagonistas e não somente expectadores”, concluiu.

Índices

O Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (Inca) divulgou números de Incidência de Câncer no Brasil. O documento aponta o registro de 600 mil novos casos de câncer por ano em 2018 e em 2019.

O câncer de pele não melanoma, o mais frequente do país, deve chegar a 165 mil novos casos diagnosticados. Já no âmbito da saúde da mulher, o câncer de mama terá 59 mil ocorrências, enquanto que o de colo de útero, 16 mil. O câncer de intestino em mulheres também alcançará a marca de 19 mil casos, nos homens, 17 mil.

Para os homens, a neoplasia na próstata terá um aumento com o registro de 68 mil pessoas. O segundo lugar é o câncer de pulmão, com 18 mil pacientes.

 

 

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