A notícia da confirmação, por parte da Prefeitura de Canoas, do primeiro caso suspeito de zica vírus no município chamou a atenção da comunidade. Em entrevista exclusiva para o programa OT notícias, da rádio web O Timoneiro, na manhã desta sexta-feira, 22, o médico veterinário da Vigilância em Saúde de Canoas, Jean Pierre Maillard chamou a atenção para pontos importantes sobre a proliferação do mosquito Aedes aegypti.
– Veja os bairros com maior incidência do mosquito
Segundo ele, o índice de pendência na visita aos imóveis é muito alto. São ao menos 56% ainda não vistoriados em função da estrutura fechada ou a não permissão de entrada dos agentes de saúde nas dependências particulares. “Casa fechada ou que recusaram a entrada dos agentes”, explica Maillard. Para o médico veterinário, o problema se agrava por estes lugares ficarem sem a visita por não conseguirem retornar ao local. “Muitas vezes a gente não consegue fazer o retorno”, salienta. Lembra também que os agentes usam coletes verde e crachá. Para confirmar a identificação dos agentes, o cidadão pode ligar para a Central de Atendimento da Prefeitura no número 0800 510 1234.
A procura por um médico deve acontecer sempre que houve febre acompanhada de mais dois sintomas como dor de cabeça, atrás dos olhos, músculos e manchas avermelhadas. Sempre que os sintomas se apresentarem, a Prefeitura recomenda que o cidadão procure uma Unidade Básica de Saúde (UBS). Já existem kits para diagnóstico rápido para as doenças, mas a cidade ainda não possui os mesmos nos postos.
Prefeitura confirma primeiro caso suspeito de zika em Canoas
A pessoa com suspeita de zica foi diagnosticada clinicamente no estado do Rio de Janeiro e veio para Canoas após o período de verenia, período em que a doença pode ser transmitida, explica o médico. Aqui foi realizado o exame de sorologia que confirmou a dengue e não para zika. A confirmação da doença que pode causar microcefalia em fetos com mães infectadas na gestação.
Segundo Jean Pierre, uma ação para eliminar os focos é realizada sempre que há suspeita. “Todo o caso suspeito e futuramente confirmado, a gente faz uma atuação que se chama bloqueio vetorial. A equipe vai ao local, fazem o raio a partir da casa do suspeito infectado, faz uma varredura em um raio de 150 metros, eliminando qualquer tipo de depósito associado a uma pulverização”, explica.
No estado do Rio Grande do Sul, segundo o veterinário, tinha 500 mil casos no ano passado. Neste ano houve uma superação, alcançando 1,5 milhão de suspeitas em 175 municípios infectados. A média de infectologia de Canoas ficou em 1,2.
Ouça a entrevista com o médico veterinário da Vigilância em Saúde de Canoas, Jean Pierre Maillard: