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Canoas finalmente terá um teatro para chamar de seu

Nova sede do Sesc, na Guilherme Schell, será inaugurada na quarta-feira, 16, e show na quinta

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Show com Pedro Longes e Ana Lonardi irá inaugurar o teatro na quinta-feira, 17. Foto: Henrique Barbosa/Divulgação Sesc

Show com Pedro Longes e Ana Lonardi irá inaugurar o teatro na quinta-feira, 17. Foto: Henrique Barbosa/Divulgação Sesc

Bruno Lara

 

Nesta quarta-feira, 16 de dezembro, o Sistema Fecomércio-RS trará para Canoas um marco histórico. A cidade ganhará o seu primeiro teatro. Uma nova unidade do Sesc virá para o município através de uma parceria com o Sindilojas e o Sindigêneros de Canoas. O destaque é o 12º teatro da entidade e o primeiro no município após 76 anos de emancipação.

A solenidade de abertura da Unidade que está instalada em um prédio de aproximadamente seis mil metros quadrados, na Rua Guilherme Schell, 5.340, e conta com projeto sustentável – com reaproveitamento de água da chuva e aquecimento da piscina com placas solares -ocorrerá a partir das 19 horas desta quarta-feira, 16.

Para Luiz Carlos Bohn, Presidente do Sistema Fecomércio-RS/Sesc/Senac, era uma questão de necessidade ter uma sede do Sesc no município. “Não tinha sentido Canoas, com quase 12 mil comerciários, não ter ainda não ter uma unidade própria. Para nós é muito mais o cumprimento dessa missão. Deixar para Canoas esse investimento que é muito mais que uma obra física, uma das poucas unidades para que os comerciários possam usufruir até nos finais de semana. A sociedade pode entender que a cidade foi contemplada com esse beneficio como um presente. Nossa visão foi dar a Canoas o que ela merece”, explica.

 

Estrutura

Foram mais de quatro anos entre o projeto e a conclusão da obra que englobou um montante entre R$ 25 e R$ 30 milhões, segundo Bohn. A estrutura terá um teatro para 334 lugares, Sala de Leitura (biblioteca com acervo de mais de três mil livros, revistas e periódicos para consulta local e empréstimo), Espaço Conexão (sala com acesso livre à Internet), cafeteria, sala multiuso, Sala Sesc Games (jogos eletrônicos e de tabuleiro), Espaço Kids, estacionamento para clientes, academia de musculação, sala de Pilates, piscina térmica e consultório odontológico. Além da estrutura, a Unidade disponibilizará serviços de Turismo e contará com o Programa Maturidade Ativa. “A piscina é uma novidade. É a primeira unidade com piscina térmica. São 40 unidades. Faremos agora sempre térmicas, pois no sul, se não for térmica, usaremos apenas dois a três meses por ano”, destaca o presidente da Fecomércio.

Segundo o Sesc, a de Canoas é a primeira Unidade no Rio Grande do Sul com funcionamento todos os dias da semana. O horário será de segunda a sexta, das 7 horas às 22 horas, e sábado e domingo, das 9 horas às 21 horas. A Unidade irá atender também a comunidade das cidades de Esteio e Nova Santa Rita.

 

O Sesc

O Serviço Social do Comércio (SESC) é uma entidade de caráter privado, mantida e administrada pelos empresários do Comércio Criado pela Confederação Nacional do Comércio (CNC), criado em 13 de setembro de 1946, sob a inspiração da Carta da Paz Social, elaborada pelos representantes das classes produtoras na histórica reunião de Teresópolis, de 1 a 6 de maio de 1945. É mantido com uma contribuição compulsória de 1,5% sobre o valor da folha de pagamento das empresas enquadradas nas entidades sindicais subordinadas à Confederação Nacional do Comércio. O intuito é de promover ações para o bem-estar social dos trabalhadores do comércio de bens, serviços e turismo e da sociedade nas áreas de Saúde, Educação, Cultura, Esporte e Lazer.

 

Parceiros

Para Aldérico Zanettin, Presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Gêneros Alimentícios de Canoas (Sindigêneros), na gestão 2014-2018, se trata de uma luta de muitos anos. Em entrevista, compartilha que já em 1989, na gestão Hugo Simões Lagranha, já se tentava abrir a sede no município. “O Sesc, para adquirir uma área, ela tem que ser avaliada pela Caixa Econômica Federal. Umas não eram propícias para o Sesc, então eram vetadas. Outras iam para fazer a avaliação e as áreas eram vendidas. E essa aqui é uma área que estava à venda, foi oferecida para o Sesc, eles avaliaram que era propícia para o Sesc, e mandaram a Caixa fazer a avaliação. A Caixa fez a avaliação em um preço menor do que os proprietários queriam e aí se criou um impasse. Aí o Sindilojas e o Sindigêneros cobriram o aporte que faltava para adquirir a área”, explica.

Para ele, a nova sede é uma conquista. “Uma conquista para todos os canoenses, principalmente para os comerciários. Eu acho que Canoas merece. Todas as entidades se empenharam”, conclui. Para Luiz Carlos Bohn, o impasse se deu em função dos valores dos terrenos na cidade. “Os imóveis aqui sempre tem um valor maior. Imóveis muito valorizados, valores sempre acima do que a Caixa avaliava”, elucida.

O presidente do Sindilojas, Denério Rosales Neumann, também destaca o tempo de luta. “O Sesc é uma luta muito antiga do nosso Sindilojas. Quando eu fui presidente, há 15 anos, nós já lutávamos para a vinda do Sesc para Canoas. Hoje sou presidente de novo”, destaca, lembrando que o Sindilojas foi um dos grandes lutadores para a vinda da nova estrutura. Para ele, se trata de um momento histórico. “Vai ser, a partir de agora, um marco para a cidade e para a classe de comerciários e comerciantes. Aqui teremos um local para encontros. É a realização de um sonho”, conclui.

Para Denério, não só a categoria será beneficiada. “É importante para Canoas porque vai ser usado pelos segmentos de comércios, mas também pela comunidade. O Sindilojas se sente realizado. É um ponto muito importante para o empresariado e para os empregados. É o mais moderno prédio construído pelo SESC”, destaca.

O presidente do Fecomércio destaca ainda que o esforço será no sentido de manter o espaço sempre em funcionamento. “Destaco que, muito mais que um investimento, a permanente atividade dessa sede é o maior benefício para a comunidade. Nós temos que ter sempre tudo funcionando perfeitamente. Tem que ter espetáculo no teatro, fazendo funcionar”, expõe.

 

Inauguração com Pedro Longes

O cantor, compositor, pianista e violonista, que abriu o 5º Canoas Jazz, Pedro Longes, será o nome de estreia do Novo Teatro do Sesc Canoas, numa parceria com a Secretaria Municipal de Cultura de Canoas. O show de lançamento de seu primeiro disco, “Conexión”, acontece na quinta-feira, 17, a partir das 20 horas, com entrada franca.

Participações especiais da intérprete Ana Lonardi e dos músicos Lucas Ferrera e Neuro Jr., Pedro Longes apresentará o repertório completo de seu álbum de estreia, que ganhou financiamento do Programa de Incentivo à Cultura de Canoas.

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Sorteio do Minha Casa, Minha Vida contempla 250 famílias. Confira lista.

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Foto: Jhennifer Wolleng

Com transmissão ao vivo pela internet, a Prefeitura de Canoas, por meio da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano e Habitação, realizou nesta quarta-feira (16) o sorteio do programa Minha Casa, Minha Vida. No auditório Sady Schivitz, na sede da Prefeitura, foram contempladas 250 famílias, que irão morar nos Residenciais Pistoia e Santa Fé, no bairro Rio Branco. Também foram sorteados os candidatos suplentes.

Os dois complexos habitacionais estão em fase de construção, com previsão de entrega dos imóveis para setembro deste ano. Antes de ocupar o imóvel em definitivo, os contemplados passarão pelo processo de análise documental na Caixa Econômica Federal e pelo trabalho técnico-social da Prefeitura, que promove um processo de adaptação das famílias à nova moradia.

Confira aqui a lista dos sorteados

Ao todo, os Residenciais Pistoia e Santa Fé oferecem 500 unidades habitacionais. A outra metade das famílias que irá morar no local será reassentada, já que ocupavam anteriormente invasões que foram alvo de reintegração de posse pelo município.

Nesta quarta-feira, participaram do sorteio os cidadãos que realizaram o recadastramento. Enquadram-se nos critérios nacionais famílias residentes em áreas de risco, insalubres ou que tenham sido desabrigadas, comprovado por declaração do ente público; famílias com mulheres responsáveis pela unidade familiar, comprovado por autodeclaração; e famílias das quais faça(m) parte pessoa(s) com deficiência, comprovado com a apresentação de atestado médico.

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Assembleia de Deus comemora 80 anos de fundação em Canoas

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A igreja Assembleia de Deus, de Canoas, comemora uma marco importante na cidade. O Jubileu de Carvalho da entidade ocorre nesta sexta-feira, 18 de agosto, e terá programação intensa de comemorações. O pastor Edegar Machado, líder da igreja no município há mais de 30 anos, recebeu a reportagem de O Timoneiro para falar acerca da programação das celebrações e sobre a atuação na cidade.

Tamanho

A importância da Assembleia de Deus, de Canoas, é contada também em números. A instituição, de acordo com Edegar, abrange atualmente 16 mil membros e conta com 88 igrejas na cidade. “A igreja se expandiu através do trabalho missionário e atua em diversos ponto do mundo”, conta Edegar.

Visão Social

O pastor destaca a visão social da instituição: “Não temos somente o trabalho espiritual, mas cuidamos do lado social. Eu considero isso como a outra mão da igreja. Nós temos o lado humano, que é alcançar as pessoas em suas necessidades”, comenta. O trabalho realizado abrange especialmente o cuidado de crianças. Edegar ainda citou projetos como escolas artesanais, que ajudam no desenvolvimento de trabalhos comunitários, além de postos de distribuição de sopa vinculados à Associação Beneficente Lar Esperança de Canoas , onde são atendidas cerca de mil crianças por semana.

Programação

A igreja promove cultos de celebração na sexta-feira, 19, até domingo, 20, no templo central da Assembleia de Deus, no bairro Mathias Velho. No domingo, a partir das 9 horas, ocorre concentração na praça Antonio Beló, na Rua Dr. Barcelos, onde será inaugurado um monumento em homenagem aos 80 anos da igreja. Após, são esperadas quatro mil pessoas para uma caminhada até o templo central da instituição, onde ocorrerá culto de graças.

História

Por determinação do pastorado da Igreja em Porto Alegre, o evangelista Amaro dos Santos foi designado, em 1937, para cuidar do trabalho da instituição em Canoas. Os primeiros cultos ocorreram no bairro Niterói. Ficou marcado na história da igreja um grande culto, realizado junto a uma figueira localizada nas proximidades da casa de André Lemos, em 18 de agosto de 1937. O local permanece com a figueira até hoje e, por conta disso, foi escolhido como local para a homenagem aos 80 anos da instituição.

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Canoense tem 94 anos de futebol, mídia, direção e simplicidade

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Marcelo Grisa

Hélio Ferreira da Silva nasceu em 1º de outubro de 1923. Filho de empregados na fazenda do estancieiro Victor Barreto, o motorista aposentado viu a história do século XX como poucos canoenses puderam. Hélio hoje mora com os sobrinhos Júlio Ragazzon e Raquel Araújo. E esta é sua história.

O futebol e a guerra

No começo de 1932, Hélio observava o nascimento do Sport Club Oriente, um dos mais tradicionais de Canoas. Alguns anos depois, jogou no time e virou craque. Como atacante central, marcava muitos gols.

A incipiente trajetória de Hélio Ferreira no futebol incluiu passagens pelo Canoense e até mesmo no Grêmio. Entretanto, uma grave lesão o afastou em definitivo dos gramados. Uma “pisada” deixou como lembrança um esmagamento logo acima do joelho. “Eu até poderia jogar, mas nunca mais fui. Deu muito medo”, explica.
“Às vezes eu ainda sonho com as mulheres da arquibancada me chamando. Parece que me vejo jogando de novo”, admite. Mas a vida ainda tinha reservado muito mais para o canoense de fala fácil e sorriso alegre.

Nesta época, o canoense já estava na Aeronáutica. Começava a Segunda Guerra Mundial, e todos no quartel ficavam de prontidão, recebendo apenas um dia de folga por semana. “Eu ficava em casa de farda. Se a sirene tocasse, tínhamos meia hora para nos apresentar”, lembra.

Hélio Ferreira da Silva, entretanto, nunca veria os fronts da Força Expedicionária Brasileira (FEB) na Itália. Há poucos dias de ser embarcado para o campo de batalha, chegava o mês setembro de 1945. A guerra acaba.

Hélio “Caldas” e Ernesto Geisel

Mesmo antes, durante e depois da guerra, a vivência nas Forças Armadas proporcionou o que seria uma de suas maiores paixões: os carros. Depois de sete anos, saiu da Aeronáutica e tornou-se motorista particular. Acabou por trabalhar 40 anos de sua vida para a Companhia Jornalística Caldas Júnior, dona do jornal Correio do Povo, como motorista da família de Breno Caldas. Por muito tempo, sua família morou na propriedade da família Caldas no bairro Belém Novo, em Porto Alegre.

Recentemente, Hélio visitou os netos de Breno, que o chamaram de “Hélio Caldas”, tamanha fora sua contribuição para a família.
Mas as mais histórias das quais Hélio mais se lembra são aquelas que envolviam os governos da ditadura militar. Primeiro, quando o golpe era dado, em 1º de abril de 1964, Breno Caldas pediu ao motorista que buscasse suas filhas na Rua Coronel Bordini, no bairro Auxiliadora, e as trouxesse ao Belém Novo. Recebeu uma arma, e deveria impedir, depois de todos em casa, que qualquer um entrasse na propriedade. Tendo que lidar com militares às portas do terreno, Hélio deixou-os entrar, mas cuidou cada movimento deles. Depois de uma medição no terreno – o que acontecia no local com frequência – eles foram embora sem maiores percalços.

Em outra oportunidade, em razão do aniversário de Breno Caldas, o presidente Ernesto Geisel, também gaúcho, veio até a fazenda para parabenizá-lo. Hélio teve que esconder um papagaio, que era ilegal, da vista do mandatário. Como um dos genros do patrão acabou por entregar a existência da ave, Geisel exigiu vê-la.
O que se sucedeu, entretanto, tranquilizou a todos. Ao ver o papagaio, que havia sido ensinado a falar muitos palavrões, o presidente desatou-se a rir mesmo sendo xingado pelo bicho.

Cuidado com o caminhão

Ao aposentar-se, Breno Caldas queria que Hélio continuasse trabalhando para ele, mesmo que não mais tendo carteira assinada por sua companhia. Não era bem sua ideia: eram os anos finais da Caldas Júnior antes de sua venda, e o motorista tinha o sonho de ter um caminhão e trabalhar com entregas.

Acabou recebendo a chave de um veículo à sua escolha entre 18 que estavam na garagem da propriedade, escondidos dos credores. “Breno puxou um bolo de chaves do bolso e disse: ‘Escolhe uma. Pode pegar.’ Mais tarde fui lá e escolhi um caminhão.”

Graças à rápida passagem da titularidade dos documentos, Hélio pode ficar com o veículo até poucos anos atrás, quando parou de dirigir. “Não quero me gabar, mas nunca causei nenhum acidente. Com a idade, preferi pedir para o Júlio aqui me levar nos lugares. Não é agora que eu vou ter um solavanco e acabar machucando alguém”, preocupa-se.

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