Comunidade
Associação diz que denúncias de ex-procurador são infundadas
Duarte denunciou município e instituições por assinarem contrato sem que existissem as escolas objetos do serviço
Na última semana, O Timoneiro veiculou matéria sobre a denúncia nos Ministérios Públicos Estadual e Federal do ex-procurador-geral do município, José Carlos Duarte, de que nove escolas de educação infantil no município são de fachada. As mesmas, segundo contratos celebrados com a Prefeitura Municipal de Canoas, são administradas em uma parceria do poder público com instituições privadas, a Associação Primeira Infância Melhor (Assocepim) e o Instituto Anjos e Marmanjos. Ao se sentir lesada pelo conteúdo da reportagem, a Assocepim enviou uma resposta sobre o assunto, onde considera o conteúdo da denúncia um desserviço. Publicamos, na íntegra, a resposta da Associação Primeira Infância Melhor as denúncias de José Carlos Duarte publicadas na semana anterior.
“EDUCAÇÃO INFANTIL, A VERDADE QUE LIBERTA!
“A bem da verdade e em respeito aos leitores deste respeitável veículo de comunicação, a Assocepim cumpre o dever de esclarecer os fatos publicados na p. 5, da edição 2680 de O Timoneiro, que chegou à praça em 27/11/2015, sob o título “Nove Escolas de Educação Infantil são de fachada”. DENÚNCIA feita aos Ministérios Públicos Estadual e Federal pelo ex-Procurador diz que são 1.683 alunos fantasmas”
“Como de praxe, a denúncia é descabida, confunde e induz os canoenses ao erro de interpretação. As alardeadas vagas fazem parte da projeção de quando e se todas as EMEIS novas forem concluídas e entrarem em operação. Mas, a mensagem subliminar se manifesta de forma alarmante quando o Ex-Procurador-Geral do Município, conhecedor dos procedimentos da Gestão Pública de só fazer pagamento por serviços prestados, passa à sociedade a falsa ideia que a Assocepim receberia vantagens financeiras por alunos fantasmas. Essas insinuações infundadas prestam um desserviço à educação infantil, maculam a imagem da Administração Municipal e da Assocepim e, tempestivamente, põem sob suspeita os verdadeiros e obscuros propósitos do denunciante.
“Cabe à Assocepim esclarecer à sociedade que, tendo participado da licitação, no restrito cumprimento ao edital da Secretaria Municipal de Educação, foi contemplada para exercer a Gestão Compartilhada de oito EMEIs, das quais cinco em pleno funcionamento, com capacidade máxima de alunos, desde fevereiro de 2015. A saber: 1 – Julieta Villamil Balestro; 2 – Vó Nelsa; 3 – Ulisses Machado; 4 – Nilton Leal Maria e, 5 – Irma Chies Stefani. Pelos alunos atendidos nestas escolas, sessenta dias após a comprovação de atendimento, a Assocepim tem recebido os repasses contratuais, regularmente, o que pode ser comprovado no Portal da Transparência, que é de livre acesso para os cidadãos canoenses, inclusive para o denunciante.
“A Assocepim, no mesmo processo licitatório, foi contemplada com mais três EMEIs: São João, Por do Sol e Rio dos Sinos. A São João e a Por do Sol, em fase final de acabamento, têm indicativo de iniciarem suas atividades no início de 2016. Quanto à EMEI Rio dos Sinos, não há confirmação, muito menos previsão de que seja concluída e entregue à sociedade. Quando e se entrarem em operação as novas escolas, por elas receberemos os justos valores, de acordo com a capacidade de atendimento em cada uma delas. O denunciante, na qualidade de ex-procurador, se boa-fé tivesse, sabe que poderia ter apurado a veracidade dos fatos; seria proativo ao invés de desconstruir a credibilidade alheia.
“O diligente denunciante faz referência à desqualificação do quadro funcional das EMEIs e a forma de contratação. O comentário, além de ferir os sentimentos e a dignidade das nossas dedicadas educadoras, não condiz com a realidade. A Assocepim mantém seus quadros profissionais qualificados, nos termos da legislação vigente. As Educadoras têm a formação mínima exigida, participam de educação continuada e, muitas delas, fazem cursos de especialização e aperfeiçoamento. O referido comentário menospreza, inclusive, as Pedagogas presentes em cada EMEI. Saibam todos que, por força de contrato, na Gestão Compartilhada, as Pedagogas são funcionárias de Carreira do Município, atuando em parceria com a Assocepim e seguem orientação da Equipe Pedagógica da SME. É delas a responsabilidade na condução do fazer pedagógico em sala de aula e das políticas do cuidar e educar nossas crianças.
“Saibam pais e todos que se preocupam com a educação dos filhos de Canoas, da mesma forma que nossas escolas o fazem, que as educadoras Assocepim, trajando seus uniformes de trabalho, até então com orgulho, vêm sendo agredidas na rua, após a reportagem infeliz do douto denunciante. Por enquanto, as agressões são verbais, machucam o ego e “apenas” deixam cicatrizes na alma; são invisíveis aos olhos da insensibilidade humana. Doutor, amanhã ou depois, uma de suas mentiras mais, e ensandecidos transeuntes agridem, e ferem e matam… quem responderá pelos crimes? O Senhor? A pessoa que agrediu? Ou a sociedade que se calou? Quem se responsabilizará pelos sonhos desfeitos das professoras que desistiram, pois já não têm mais ânimo para exercerem a missão que é o magistério, cansadas de injustiças? Quem, perguntamos nós, educará as futuras gerações, doutor, se a escola que representas é inanimada, como a foto da sua reportagem? Nós, da Assocepim e todos que fazemos educação de verdade, representamos a Escola onde pulsa a vida, vida estampada no sorriso cada criança brincando, protegida e amada.
“E o denunciante faz ainda insinuações distorcidas ao falar da estrutura das escolas, da rede elétrica a instalações, do corte da grama à falta de alimentos quando, na verdade, o eminente ex-Procurador desconhece as novas e modernas escolas de Educação Infantil. Senhores, picuinhas não fazem educação, prestam, repetimos, um desserviço à sociedade. Denunciar com responsabilidade é exercício de cidadania, é nobre, é construtivo; a denúncia, por simples acusação leviana, é imoral, é difamatória, antidemocrática e destrutiva. Convidamos o ex-Procurador a conhecer o trabalho em nossas escolas e, quem sabe, também possa se apaixonar pela causa da educação, a verdadeira educação, a que liberta, e transforma e dignifica! Saia do lado negro da força e venha conosco fazer da escola o lugar de todas as infâncias!
“Canoas, 30 de novembro de 2015.”
Associação Primeira Infância Melhor
Comunidade
Sorteio do Minha Casa, Minha Vida contempla 250 famílias. Confira lista.


Foto: Jhennifer Wolleng
Com transmissão ao vivo pela internet, a Prefeitura de Canoas, por meio da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano e Habitação, realizou nesta quarta-feira (16) o sorteio do programa Minha Casa, Minha Vida. No auditório Sady Schivitz, na sede da Prefeitura, foram contempladas 250 famílias, que irão morar nos Residenciais Pistoia e Santa Fé, no bairro Rio Branco. Também foram sorteados os candidatos suplentes.
Os dois complexos habitacionais estão em fase de construção, com previsão de entrega dos imóveis para setembro deste ano. Antes de ocupar o imóvel em definitivo, os contemplados passarão pelo processo de análise documental na Caixa Econômica Federal e pelo trabalho técnico-social da Prefeitura, que promove um processo de adaptação das famílias à nova moradia.
Confira aqui a lista dos sorteados
Ao todo, os Residenciais Pistoia e Santa Fé oferecem 500 unidades habitacionais. A outra metade das famílias que irá morar no local será reassentada, já que ocupavam anteriormente invasões que foram alvo de reintegração de posse pelo município.
Nesta quarta-feira, participaram do sorteio os cidadãos que realizaram o recadastramento. Enquadram-se nos critérios nacionais famílias residentes em áreas de risco, insalubres ou que tenham sido desabrigadas, comprovado por declaração do ente público; famílias com mulheres responsáveis pela unidade familiar, comprovado por autodeclaração; e famílias das quais faça(m) parte pessoa(s) com deficiência, comprovado com a apresentação de atestado médico.
Comunidade
Assembleia de Deus comemora 80 anos de fundação em Canoas
A igreja Assembleia de Deus, de Canoas, comemora uma marco importante na cidade. O Jubileu de Carvalho da entidade ocorre nesta sexta-feira, 18 de agosto, e terá programação intensa de comemorações. O pastor Edegar Machado, líder da igreja no município há mais de 30 anos, recebeu a reportagem de O Timoneiro para falar acerca da programação das celebrações e sobre a atuação na cidade.
Tamanho
A importância da Assembleia de Deus, de Canoas, é contada também em números. A instituição, de acordo com Edegar, abrange atualmente 16 mil membros e conta com 88 igrejas na cidade. “A igreja se expandiu através do trabalho missionário e atua em diversos ponto do mundo”, conta Edegar.
Visão Social
O pastor destaca a visão social da instituição: “Não temos somente o trabalho espiritual, mas cuidamos do lado social. Eu considero isso como a outra mão da igreja. Nós temos o lado humano, que é alcançar as pessoas em suas necessidades”, comenta. O trabalho realizado abrange especialmente o cuidado de crianças. Edegar ainda citou projetos como escolas artesanais, que ajudam no desenvolvimento de trabalhos comunitários, além de postos de distribuição de sopa vinculados à Associação Beneficente Lar Esperança de Canoas , onde são atendidas cerca de mil crianças por semana.
Programação
A igreja promove cultos de celebração na sexta-feira, 19, até domingo, 20, no templo central da Assembleia de Deus, no bairro Mathias Velho. No domingo, a partir das 9 horas, ocorre concentração na praça Antonio Beló, na Rua Dr. Barcelos, onde será inaugurado um monumento em homenagem aos 80 anos da igreja. Após, são esperadas quatro mil pessoas para uma caminhada até o templo central da instituição, onde ocorrerá culto de graças.
História
Por determinação do pastorado da Igreja em Porto Alegre, o evangelista Amaro dos Santos foi designado, em 1937, para cuidar do trabalho da instituição em Canoas. Os primeiros cultos ocorreram no bairro Niterói. Ficou marcado na história da igreja um grande culto, realizado junto a uma figueira localizada nas proximidades da casa de André Lemos, em 18 de agosto de 1937. O local permanece com a figueira até hoje e, por conta disso, foi escolhido como local para a homenagem aos 80 anos da instituição.
Comunidade
Canoense tem 94 anos de futebol, mídia, direção e simplicidade
Marcelo Grisa
Hélio Ferreira da Silva nasceu em 1º de outubro de 1923. Filho de empregados na fazenda do estancieiro Victor Barreto, o motorista aposentado viu a história do século XX como poucos canoenses puderam. Hélio hoje mora com os sobrinhos Júlio Ragazzon e Raquel Araújo. E esta é sua história.
O futebol e a guerra
No começo de 1932, Hélio observava o nascimento do Sport Club Oriente, um dos mais tradicionais de Canoas. Alguns anos depois, jogou no time e virou craque. Como atacante central, marcava muitos gols.
A incipiente trajetória de Hélio Ferreira no futebol incluiu passagens pelo Canoense e até mesmo no Grêmio. Entretanto, uma grave lesão o afastou em definitivo dos gramados. Uma “pisada” deixou como lembrança um esmagamento logo acima do joelho. “Eu até poderia jogar, mas nunca mais fui. Deu muito medo”, explica.
“Às vezes eu ainda sonho com as mulheres da arquibancada me chamando. Parece que me vejo jogando de novo”, admite. Mas a vida ainda tinha reservado muito mais para o canoense de fala fácil e sorriso alegre.
Nesta época, o canoense já estava na Aeronáutica. Começava a Segunda Guerra Mundial, e todos no quartel ficavam de prontidão, recebendo apenas um dia de folga por semana. “Eu ficava em casa de farda. Se a sirene tocasse, tínhamos meia hora para nos apresentar”, lembra.
Hélio Ferreira da Silva, entretanto, nunca veria os fronts da Força Expedicionária Brasileira (FEB) na Itália. Há poucos dias de ser embarcado para o campo de batalha, chegava o mês setembro de 1945. A guerra acaba.
Hélio “Caldas” e Ernesto Geisel
Mesmo antes, durante e depois da guerra, a vivência nas Forças Armadas proporcionou o que seria uma de suas maiores paixões: os carros. Depois de sete anos, saiu da Aeronáutica e tornou-se motorista particular. Acabou por trabalhar 40 anos de sua vida para a Companhia Jornalística Caldas Júnior, dona do jornal Correio do Povo, como motorista da família de Breno Caldas. Por muito tempo, sua família morou na propriedade da família Caldas no bairro Belém Novo, em Porto Alegre.
Recentemente, Hélio visitou os netos de Breno, que o chamaram de “Hélio Caldas”, tamanha fora sua contribuição para a família.
Mas as mais histórias das quais Hélio mais se lembra são aquelas que envolviam os governos da ditadura militar. Primeiro, quando o golpe era dado, em 1º de abril de 1964, Breno Caldas pediu ao motorista que buscasse suas filhas na Rua Coronel Bordini, no bairro Auxiliadora, e as trouxesse ao Belém Novo. Recebeu uma arma, e deveria impedir, depois de todos em casa, que qualquer um entrasse na propriedade. Tendo que lidar com militares às portas do terreno, Hélio deixou-os entrar, mas cuidou cada movimento deles. Depois de uma medição no terreno – o que acontecia no local com frequência – eles foram embora sem maiores percalços.
Em outra oportunidade, em razão do aniversário de Breno Caldas, o presidente Ernesto Geisel, também gaúcho, veio até a fazenda para parabenizá-lo. Hélio teve que esconder um papagaio, que era ilegal, da vista do mandatário. Como um dos genros do patrão acabou por entregar a existência da ave, Geisel exigiu vê-la.
O que se sucedeu, entretanto, tranquilizou a todos. Ao ver o papagaio, que havia sido ensinado a falar muitos palavrões, o presidente desatou-se a rir mesmo sendo xingado pelo bicho.
Cuidado com o caminhão
Ao aposentar-se, Breno Caldas queria que Hélio continuasse trabalhando para ele, mesmo que não mais tendo carteira assinada por sua companhia. Não era bem sua ideia: eram os anos finais da Caldas Júnior antes de sua venda, e o motorista tinha o sonho de ter um caminhão e trabalhar com entregas.
Acabou recebendo a chave de um veículo à sua escolha entre 18 que estavam na garagem da propriedade, escondidos dos credores. “Breno puxou um bolo de chaves do bolso e disse: ‘Escolhe uma. Pode pegar.’ Mais tarde fui lá e escolhi um caminhão.”
Graças à rápida passagem da titularidade dos documentos, Hélio pode ficar com o veículo até poucos anos atrás, quando parou de dirigir. “Não quero me gabar, mas nunca causei nenhum acidente. Com a idade, preferi pedir para o Júlio aqui me levar nos lugares. Não é agora que eu vou ter um solavanco e acabar machucando alguém”, preocupa-se.
-
Destaques8 anos ago
Ação multa motoristas por prática de rachas na Avenida Inconfidência
-
Destaques9 anos ago
Confira as seções eleitorais de Canoas e Nova Santa Rita
-
Business5 anos ago
Tabela de Horários e Itinerários do Sistema de Transporte Público Municipal
-
Destaques7 anos ago
Endereços das seções eleitorais de Canoas e Nova Santa Rita
-
Destaques7 anos ago
Verão Canoas com Art promove oficinas e espetáculo gratuitos
-
Política6 anos ago
Empresário Marcos Daniel Ramos assume Secretaria de Serviços Urbanos de Canoas
-
Comunidade10 anos ago
Condomínio construído em área de risco que pertence ao programa Minha Casa, Minha Vida
-
Geral6 anos ago
Igreja Universal promove evento Agente da Comunidade
You must be logged in to post a comment Login