Desde o mês de agosto deste ano o sistema detector de disparos de armas de fogo, Shotspotter, está desativado para evitar “descrédito e saturação com falsos positivos”, como justifica o secretário de Segurança Pública e Cidadania, Adriano Klafke. Juntamente com o Prefeito Jairo Jorge da Silva (PT), na quinta-feira, o secretário se reuniu com um dos diretores da empresa que leva o nome do dispositivo, Gilbert Jullien, na quinta-feira, 12. O encontro aconteceu no Gabinete do Prefeito, mas não houve acordo pelo melhor preço na manutenção do detector.
O equipamento foi instalado há cinco anos no município com o custo de R$ 2 milhões mais R$ 58 mil mensais para a manutenção com desconto. O valor original dos reparos era de R$ 70 mil. Mas todo este investimento durou apenas três anos. De 2010 até 2013 o Shotspotter funcionou sem grandes problemas. Em 2013 foram registradas 20 mortes no Território de Paz. Em 2014 o número baixou para 18 mortes. Em 2015, sem o funcionamento da máquina, até o mês de setembro, registra 14 falecimentos. Mas desde 2013 o sistema passa por descrédito e desconfiança em função dos alarmes falsos que divulgou entre 2013 e 2014.
O cancelamento, segundo Jairo Jorge, não é definitivo. “A Prefeitura tem total interesse em manter esta parceria e fará todos os esforços para continuar o projeto, uma ferramenta relevante no conjunto de medidas para a preservação de vidas”, afirmou. Se houver redução significativa no valor da manutenção, o município pensa em expandir o sistema para o bairro Mathias Velho.
O que diz a Prefeitura
O secretário municipal de Segurança Pública e Cidadania, Adriano Klafke, esclareceu que o detector de tiros, na verdade, não deixou de funcionar. Mas, como a manutenção, classificações e reclassificações e o suporte de software deixam de ocorrer, os alertas perdem a confiabilidade. “O Município solicitou que a empresa fizesse revisão destes valores e a Shotspotter deve apresentar uma proposta de redução, nos próximos dias. A Prefeitura tem total interesse de manter esta parceria e fará todos os esforços para dar continuidade ao projeto”, respondeu.
Segundo o órgão, trata-se de uma ferramenta relevante no conjunto de medidas para a preservação de vidas. “A implantação desta ferramenta que controla os disparos de armas de fogo, possibilita resposta policial imediata, socorro imediato e subsídio para apurações, registrou-se uma diminuição da criminalidade, comprovada com a redução, entre 2013 e 2015, de 30% no Território de Paz Guajuviras”, complementou.