Timoneiro

Médicos da UPA Boqueirão estão sem receber há mais de 30 dias

Unidade de Pronto Atendimento (UPA) 24 horas fica localizada na av. Boqueirão. Foto: Bruno Lara/OT

Unidade de Pronto Atendimento (UPA) 24 horas fica localizada na av. Boqueirão. Foto: Bruno Lara/OT

Alguns médicos da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) 24 horas da Boqueirão procuraram a redação de O Timoneiro para denunciar um caso de desrespeito com a classe. Um dos médicos, que preferiu não ser identificado, tem medo do atual governo. “O endereço de e-mail citado é falso, tenho medo de represálias”, afirmou. Segundo ele, não é o primeiro atraso. “Atrasos salariais são frequentes. Este mês ainda não recebemos. Como pagamos as contas? Trabalhamos sem vontade alguma, só pelo amor à profissão”, questionou o pediatra.
Através de uma nota, O Simers respondeu que “o Departamento Jurídico do Sindicato Médico do RS (Simers) confirma o atraso nos valores referentes a setembro dos profissionais que atuam na UPA Boqueirão. O Simers buscou contato com a empresa, que se negou a prestar esclarecimentos. O Sindicato avaliará com os médicos as medidas cabíveis.”

Novo Superintendente
Na noite da quarta-feira, 21, ocorreu a solenidade de posse do novo Superintendente do Hospital Nossa Senhora das Graças (HNSG), o enfermeiro Régis Moravski Marinho. Uma surpresa para os canoenses, pois o superintendente anterior, vindo de Chapecó (SC), onde coordenava o Hospital Regional do Oeste, Carlos Eduardo Ribeiro, havia assumido em fevereiro deste ano.
De fevereiro a outubro, Ribeiro comandou aproximadamente 1,3 mil funcionários, entre o hospital e as unidades de pronto atendimento que o mesmo administra. Em abril de 2015, OT veiculou matéria assinada por Bruno Lara mostrando que dentro da estrutura o superintendente era visto como alguém que veio para “demitir pessoas estratégicas”. Uma das demissões foi de Zulma Osório Ribeiro, que atuava no HNSG há 40 anos. Em entrevista, relatou que foi demitida por saber demais. “Não precisamos mais do teu trabalho. Tu não é uma pessoa de confiança. Tu sabe demais”, afirmou. Até o momento, acredita-se que cerca de 60 servidores foram demitidos de seus cargos.
Em poucos meses, Carlos teve seu nove envolvido em diversos escândalos como as demissões em massa, dejetos de pombos no forro da UTI do Hospital, a renúncia de seis conselheiros do Conselho Deliberativo da entidade, a negação de documentos para a Câmara dos Vereadores sobre a dívida deixada por sua antecessora Marlis Bergmann, entre outros.
Régis Marinho está na entidade há pouco mais de sete anos, já tendo atuado como Enfermeiro, Gestor Adjunto Paciente Clínico, Gerente Assistencial e Gestor da Rede de Atenção Primária. O discurso da necessidade de um gestor experiente mudou em poucos meses.

O que diz a Prefeitura
A Secretaria Municipal da Saúde informou que está implantando processos de melhorias e qualificação do Hospital. “Estão sendo feitos os ajustes necessários para que o HNSG seja reconhecido como de excelência. Estão sendo qualificados os processos assistenciais, com significativos avanços nos protocolos de segurança para todos os pacientes.” Sobre a questão da UPA, respondeu que a informação “Não procede a informação. Estão em dia”.

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