Os números saltam aos olhos. De janeiro a setembro de 2015, seis casos foram confirmados e outros 43 notificados da doença transmitida pelo mosquito Aëdes aegypti, segundo dados da Secretaria Estadual de Saúde. Estes colocam Canoas como a segunda da região metropolitana com maior número de casos de infestação da dengue, perdendo apenas para a capital, Porto Alegre.
A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) discorda dos números. Segundo o órgão, são quatro casos confirmados e 26 notificações, o que não deixa de ser um quadro preocupante. Em comparação com o mesmo período no ano passado, para cada 100 mil habitantes havia 1,3 notificações. Neste ano, surpreendentemente, a média saltou para 14 casos para cada cem mil. Um crescimento de 12,7 casos para cada mil habitantes.
Mulheres
Os dados são da Secretaria Estadual da Saúde (SES), o perfil dos atingidos revela que 598 homens foram infectados. O número é elevado para 656 quando separado por mulheres. O total é de 1.254.
A maioria dos casos nos homens ocorre entre os 30 e os 39 anos (107 casos) e os que estão na faixa dos 50 aos 59 anos (110 casos). Com as mulheres a maioria está na faixa etária que compreende os 40 aos 49 anos (123), seguido das que estão entre os 50 e os 59 anos (110). Crianças menores de um ano totalizam seis vítimas. De 1 até 4 anos, são 9 que apresentam o quadro. O número salta para 31 entre crianças de 5 a 9 anos. Os idosos, com mais de 80 anos, somam 26 vítimas.
A doença
O portal na internet dengue.org.br lembra aos que navegam na rede mundial de computadores que se trata de uma doença grave e que pode matar. “Alguns sintomas são: Febre alta, dor de cabeça, dor atrás dos olhos”, ressalta. A solução para o problema é revisar o as instalações visando esvaziar a água parada. “O mosquito se reproduz em água parada e para prevenir não podemos deixar água acumular”.
A plataforma disponibiliza em seu sistema a história da dengue desde 2007, onde a mesma se proliferava prioritariamente nos países do sul do globo. Um ano antes, em 2006, um gráfico aponta que apenas os estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina não tinha circulação viral da doença.
O portalsaude.saude.gov.br, que tem como fonte: SES/SINAN (SINAN: a partir de 1999) e atualizado por último em 13/07/2015, mostra a evolução dos casos de Dengue de 1990 até 2014. Os primeiros casos no estado sugiram em 1996, registrando nove vítimas. Em 1998, um salto para 107 casos registrados. Em 2014, o registro foi de 153 casos. Os picos ocorreram nos anos 2002 e 2007, onde foram registrados 436 e 423 casos, respectivamente. Em 2010, o número ultrapassou todos os registros e registrou 3.646 vítimas.
Município diz que são cinco casos
Em relação a todos os casos Notificados Suspeitos de Dengue pela RAS do município de Canoas que somam 35 casos, 27 são residentes de Canoas e 8 são residentes em outros municípios do RS e outros Estados do Brasil”, esclarece.
Dos casos notificados pelo município de Canoas, os resultados dos exames laboratoriais, oito deram confirmados, sendo cinco de residentes de Canoas e três de outros municípios e Estados. Os casos confirmados de munícipes canoenses adquiriram a doença em outros municípios e Estados, portanto Canoas não tem nenhum caso autóctone, sendo o município indene, todos os casos são IMPORTADOS.
A Prefeitura informou que a manutenção dos trabalhos de prevenção acontece com inspeções diárias em imóveis do município e quinzenais em pontos estratégicos. “Atualmente trabalham no combate a dengue 20 servidores”.