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Canoenses sem energia elétrica por mais de uma semana

Temporal deixou mais de 28 mil residências sem energia elétrica; 32 internados por quedas de telhados

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Manifestação no bairro Nossa Senhora das Graças pedia retorno do fornecimento de energia elétrica no sábado, 17. Foto: Bruno Lara/OT

Manifestação no bairro Nossa Senhora das Graças pedia retorno do fornecimento de energia elétrica no sábado, 17. Foto: Bruno Lara/OT

As chuvas da última semana trouxeram um cenário de devastação em Canoas. A estimativa da Prefeitura Municipal é de que ao menos dez mil residências tenham sido danificadas pelo temporal, acompanhado de forte queda de granizo que atingiu a cidade por volta das 23 horas de quarta-feira, 14. Foram registrados 81 milímetros de chuva, mais de 70% do volume esperado para todo o mês de outubro, que é de 114 milímetros. Na quinta-feira, 15, o município chegou a ter mais de 28 mil residências sem o fornecimento de energia elétrica.

Luz demorou
O fornecimento de energia elétrica, interrompido durante os temporais em mais de 28 mil residências, demorou a retornar. Alguns moradores de Canoas deram trabalho as autoridades para cobrar o retorno da luz. No bairro Nossa Senhora das Graças, dezenas se reuniram para protestar no sábado. Da noite de quarta-feira, 14, até a tarde de sábado, 17, apenas um trecho das ruas José Bonifácio e Monte Castelo ficou sem o fornecimento. “Perdi tudo que estava na geladeira”, relatou uma das residentes. Até segunda-feira, 19, foi possível observar clientes reclamando de falta do serviço em locais pontuais nos bairros Rio Branco, Mato Grande e Guajuviras.
Na quarta-feira, 21, a empresa divulgou um balanço. “o dia 7 ao dia 19 foram 5 temporais com danos na rede elétrica, que causaram interrupção no fornecimento de energia para aproximadamente 500 mil clientes”. Repudiou também as manifestações. “Os protestos de algumas comunidades que em nada contribuem para agilizar o atendimento às demandas, inclusive com riscos à vida dos profissionais que estão trabalhando para recuperar a rede”, criticou a concessionária. Sete postes caíram ao longo da avenida Guilherme Schell.
Segundo dados da AES Sul, a incidência de raios foi de 476.529, tendo como fonte o Grupo Eletricidade Atmosférica, ligado ao Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais. Foram 18.517 Atendimentos de campo (84% acima da média normal); 12.958 ocorrências de perigo (postes quebrados, fios partidos, entre outros); Mobilização de aproximadamente 2.500 profissionais, sendo 1.500 envolvidos diretamente nos atendimentos em campo; 240 km de redes reconstruídos; 163 transformadores queimados ou avariados; e 7 linhas de subtransmissão desligadas devido à queda de 14 estruturas de grande porte.

126 caíram dos telhados

Moradores de Niterói arrumando o telhado durante o temporal. Foto: Bruno Lara/OT

Moradores de Niterói arrumando o telhado durante o temporal. Foto: Bruno Lara/OT

A Secretaria Municipal da Saúde (SMS) de Canoas reforçou esta semana o alerta à população para o risco de queda na troca de telhas e no conserto de avarias das casas atingidas. Segundo o órgão, “já foram atendidas 126 pessoas no Hospital de Pronto Socorro de Canoas (HPSC), estando 32 delas internadas com fraturas e lesões, e quatro na UTI, em estado gravíssimo”.

Desabrigados
Os números assustam. Dentre as famílias atingidas, a contagem era de 80 na Prainha do Paquetá, 40 no Beco do Berto Círio, 30 na Rua da Barca, 15 no Dique do Gravataí, 10 na Rua Sebastião Barreto e 12 no Dique do Canil. Um total de 187 desabrigados no início da semana passada.
Ao final, o nível do Guaíba, que atingiu pela primeira vez desde 1967 a marca de 2,79m, atingindo também 57 cidades, inclusive a capital Porto Alegre. Aproximadamente 50 mil pessoas precisaram deixar suas residências no estado. Ao todo, calcula-se que 5.775 foram desalojados e 4.164 desabrigados em locais públicos em todo o estado. Até terça-feira, 20, cerca de 400 pessoas ainda estavam desabrigadas em Canoas, segundo a assessoria de comunicação do município.

Paquetá

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A situação na Praia do Paquetá, como de costume, era precária na última semana. O acesso pela BR-448, apelidada como Rodovia do Parque, ainda é impossível. A equipe de O Timoneiro conversou com Paulo Denilto Ribeiro, 48 anos, presidente da associação dos moradores e pescadores da praia do Paquetá. “A gente mora num lugar de alagamento. Mas esse ano superou. Esse ano nos judiou. Esse ano não teve quem não atingiu”, lamentou informando que este foi um fenômeno atípico. “Nem os moradores mais antigos viram uma coisa dessas. 15 anos morando na prainha”, complementou.
Segundo Paulo, as enchentes são costumeiras e não significa algo ruim. “A gente tá acostumado com enchentes. A enchente é uma coisa maravilhosa. Ela traz a vida. Quando tem uma enchente traz de volta os peixes, renova. Traz transtornos, mas a enchente traz a vida. Todos os peixes estão migrando para fazer a reprodução deles. Com essa enchente imagina o que terá de peixes essa semana”, trouxe o outro ponto de vista da situação.

BM atingida

Sedes do 15º  BPM em Canoas. Ilustração: Divulgação 15º BPM

Sedes do 15º BPM em Canoas. Ilustração: Divulgação 15º BPM

Segundo dados do Tenente Coronel Oto Eduardo Amorin, 46 Policiais militares do 15º Batalhão de Polícia Militar (BPM) tiveram as casas destelhadas. Ele aproveita para reiterar que eles precisam de “1) fralda “p” e “gg”; 2) roupa masculina para criança de 5 anos; 3) telhas 5mm para as casas”. Para maiores informações, os interessados em ajudar a corporação podem procurar a sede da 4ª companhia do 15º BPM, no bairro rio branco, e a sede da 3º companhia. Ambas tiveram varias telhas quebradas. As viaturas da 4º cia do “tiveram vidros quebrados”, informo. “Agradeço as pessoas da comunidade que estão apoiando os policiais militares do 15bpm”, destacou o Tenente Coronel.

Boato dos diques
Boatos rodaram a cidade que os diques estariam prestes a romper. A equipe do Escritório de Engenharia e Arquitetura (EEA) da Prefeitura tomou a iniciativa de informar que estes possuem entre 6,5 e 7 metros de altura. O do Niterói tem extensão de 5.320 metros e o do Rio Branco, 7.780 m. Estes, incluindo o Mathias Velho (7.100 m) e Araçá (7.200 m), têm uma extensão de 27,4 mil metros. Os mesmos, segundo o órgão, não estão rompendo e nem devem. “A Prefeitura informa, ainda, que há equipes da Defesa Civil estão visitando casas, somente para o auxílio humanitário, com distribuição de lonas, telhas, alimentos e roupas”.

Água regularizada
A falta do fornecimento de água foi tema de reclamação de alguns moradores. Na quinta-feira, 15, a Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan), informou que os temporais ocasionaram situações de emergência e calamidade pública em diversos municípios gaúchos. “A falta de energia elétrica causada pelas chuvas compromete os sistemas operacionais de abastecimento de água”, informou. Segundo a Companhia, a maioria dos sistemas de abastecimento de água que tiveram sua regularidade afetada pelas tempestades está normalizada. “Entre os que estão em vias de normalização está Canoas”, destacou.

Ajuda Federal
O Ministério da Integração Nacional informou que disponibilizou 22,2 mil kits de ajuda humanitária para o estado. O investimento total foi de quase R$ 2 milhões: R$ 539,1 mil referentes ao material que estava estocado e R$ 1,37 milhão referentes aos outros kits de ajuda humanitária.

FGTS
O Ministério do Trabalho e Previdência Social (MTPS) informou que trabalhadores residentes nos municípios com reconhecimento federal de situação de emergência poderão sacar o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) até o valor de R$ 6.220. Embora a Prefeitura tenha feito o anúncio com alarde, a realidade é que os canoenses ainda não podem usar o valor, pois o Ministério da Cidade não reconheceu, pelo menos por enquanto, Canoas como em situação de emergência.
Após este reconhecimento, se acontecer, para a liberação dos recursos a Prefeitura deverá ainda indicar as áreas afetadas à Caixa Econômica Federal. Após a indicação, trabalhadores podem se dirigir a uma agência e comprovar que moram nas áreas determinadas pela Prefeitura. Somente então o saque será liberado em até 15 dias.

Atualização: 23/10/2015 às 13:52min

A Prefeitura de Canoas reafirma que, aqueles que tiveram suas casas atingidas pelas chuvas no município poderão movimentar suas contas de Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS). O decreto foi reconhecido pelo Ministério da Integração Nacional e publicado nesta sexta feira, 23, no Diário Oficial da União.

Prefeitura mobilizada
A Secretaria de Educação informou que ainda prosseguem com problemas as escolas de Ensino Fundamental Pinto Bandeira, por danos na edificação com destelhamento, e a Rui Cirne Lima com problemas de alagamento e falta de telhas. Os alunos foram transferidos para terem aula na EMEF Gonçalves Dias. Duas escolas infantis, Carinha de Anjo e a Gilda Schiavon, seguem com problemas em função de destelhamento. As aulas devem retornar na próxima segunda-feira, 26.
Quatro Unidades Básicas de Saúde (UBSs) foram atingidas pelo temporal e tiveram de ser fechadas na quinta-feira, 15: Boa Saúde, Central Park, Pedro Luís da Silveira e José Veríssimo. Cerca de 500 agentes públicos da Defesa Civil, subprefeituras e secretarias municipais formaram uma força tarefa. O trabalho se concentrou no acolhimento aos desabrigados, no apoio ao transporte de famílias e na entrega de materiais de primeira necessidade.
A prefeitura informou que distribuiu 29 mil telhas e 231 mil metros quadrados de lonas. Como parte das ações de limpeza do sistema de drenagem local, as equipes da Secretaria Municipal de Obras (SMO) retirou, nos últimos dois dias, cerca de 12 caminhões de algas e barro, na entrada da Casa de Bombas. Em média, são retirados, mensalmente, 50 caminhões, 12 toneladas desse material das valas da cidade. Outros 50 contêineres são também retirados, mensalmente, das casas de bombas.

Descaso

Roupas são deixadas em margem de estrada

Roupas são deixadas em margem de estrada

A leitora Leticia Longhi enviou fotos de um provável descarte de doações para aqueles que perderam tudo na enchente da última semana. As fotos, enviadas por ela, são da rua Engenheiro Irineu Carvalho Braga, no bairro Mato Grande. “Me deparei com várias roupas provavelmente de doação, jogadas na rua, inclusive dentro de sacos fechados. Fiquei muito triste com o que vi, pois é um descaso com quem precisa”, relatou.

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Sorteio do Minha Casa, Minha Vida contempla 250 famílias. Confira lista.

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Foto: Jhennifer Wolleng

Com transmissão ao vivo pela internet, a Prefeitura de Canoas, por meio da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano e Habitação, realizou nesta quarta-feira (16) o sorteio do programa Minha Casa, Minha Vida. No auditório Sady Schivitz, na sede da Prefeitura, foram contempladas 250 famílias, que irão morar nos Residenciais Pistoia e Santa Fé, no bairro Rio Branco. Também foram sorteados os candidatos suplentes.

Os dois complexos habitacionais estão em fase de construção, com previsão de entrega dos imóveis para setembro deste ano. Antes de ocupar o imóvel em definitivo, os contemplados passarão pelo processo de análise documental na Caixa Econômica Federal e pelo trabalho técnico-social da Prefeitura, que promove um processo de adaptação das famílias à nova moradia.

Confira aqui a lista dos sorteados

Ao todo, os Residenciais Pistoia e Santa Fé oferecem 500 unidades habitacionais. A outra metade das famílias que irá morar no local será reassentada, já que ocupavam anteriormente invasões que foram alvo de reintegração de posse pelo município.

Nesta quarta-feira, participaram do sorteio os cidadãos que realizaram o recadastramento. Enquadram-se nos critérios nacionais famílias residentes em áreas de risco, insalubres ou que tenham sido desabrigadas, comprovado por declaração do ente público; famílias com mulheres responsáveis pela unidade familiar, comprovado por autodeclaração; e famílias das quais faça(m) parte pessoa(s) com deficiência, comprovado com a apresentação de atestado médico.

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Assembleia de Deus comemora 80 anos de fundação em Canoas

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A igreja Assembleia de Deus, de Canoas, comemora uma marco importante na cidade. O Jubileu de Carvalho da entidade ocorre nesta sexta-feira, 18 de agosto, e terá programação intensa de comemorações. O pastor Edegar Machado, líder da igreja no município há mais de 30 anos, recebeu a reportagem de O Timoneiro para falar acerca da programação das celebrações e sobre a atuação na cidade.

Tamanho

A importância da Assembleia de Deus, de Canoas, é contada também em números. A instituição, de acordo com Edegar, abrange atualmente 16 mil membros e conta com 88 igrejas na cidade. “A igreja se expandiu através do trabalho missionário e atua em diversos ponto do mundo”, conta Edegar.

Visão Social

O pastor destaca a visão social da instituição: “Não temos somente o trabalho espiritual, mas cuidamos do lado social. Eu considero isso como a outra mão da igreja. Nós temos o lado humano, que é alcançar as pessoas em suas necessidades”, comenta. O trabalho realizado abrange especialmente o cuidado de crianças. Edegar ainda citou projetos como escolas artesanais, que ajudam no desenvolvimento de trabalhos comunitários, além de postos de distribuição de sopa vinculados à Associação Beneficente Lar Esperança de Canoas , onde são atendidas cerca de mil crianças por semana.

Programação

A igreja promove cultos de celebração na sexta-feira, 19, até domingo, 20, no templo central da Assembleia de Deus, no bairro Mathias Velho. No domingo, a partir das 9 horas, ocorre concentração na praça Antonio Beló, na Rua Dr. Barcelos, onde será inaugurado um monumento em homenagem aos 80 anos da igreja. Após, são esperadas quatro mil pessoas para uma caminhada até o templo central da instituição, onde ocorrerá culto de graças.

História

Por determinação do pastorado da Igreja em Porto Alegre, o evangelista Amaro dos Santos foi designado, em 1937, para cuidar do trabalho da instituição em Canoas. Os primeiros cultos ocorreram no bairro Niterói. Ficou marcado na história da igreja um grande culto, realizado junto a uma figueira localizada nas proximidades da casa de André Lemos, em 18 de agosto de 1937. O local permanece com a figueira até hoje e, por conta disso, foi escolhido como local para a homenagem aos 80 anos da instituição.

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Canoense tem 94 anos de futebol, mídia, direção e simplicidade

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Marcelo Grisa

Hélio Ferreira da Silva nasceu em 1º de outubro de 1923. Filho de empregados na fazenda do estancieiro Victor Barreto, o motorista aposentado viu a história do século XX como poucos canoenses puderam. Hélio hoje mora com os sobrinhos Júlio Ragazzon e Raquel Araújo. E esta é sua história.

O futebol e a guerra

No começo de 1932, Hélio observava o nascimento do Sport Club Oriente, um dos mais tradicionais de Canoas. Alguns anos depois, jogou no time e virou craque. Como atacante central, marcava muitos gols.

A incipiente trajetória de Hélio Ferreira no futebol incluiu passagens pelo Canoense e até mesmo no Grêmio. Entretanto, uma grave lesão o afastou em definitivo dos gramados. Uma “pisada” deixou como lembrança um esmagamento logo acima do joelho. “Eu até poderia jogar, mas nunca mais fui. Deu muito medo”, explica.
“Às vezes eu ainda sonho com as mulheres da arquibancada me chamando. Parece que me vejo jogando de novo”, admite. Mas a vida ainda tinha reservado muito mais para o canoense de fala fácil e sorriso alegre.

Nesta época, o canoense já estava na Aeronáutica. Começava a Segunda Guerra Mundial, e todos no quartel ficavam de prontidão, recebendo apenas um dia de folga por semana. “Eu ficava em casa de farda. Se a sirene tocasse, tínhamos meia hora para nos apresentar”, lembra.

Hélio Ferreira da Silva, entretanto, nunca veria os fronts da Força Expedicionária Brasileira (FEB) na Itália. Há poucos dias de ser embarcado para o campo de batalha, chegava o mês setembro de 1945. A guerra acaba.

Hélio “Caldas” e Ernesto Geisel

Mesmo antes, durante e depois da guerra, a vivência nas Forças Armadas proporcionou o que seria uma de suas maiores paixões: os carros. Depois de sete anos, saiu da Aeronáutica e tornou-se motorista particular. Acabou por trabalhar 40 anos de sua vida para a Companhia Jornalística Caldas Júnior, dona do jornal Correio do Povo, como motorista da família de Breno Caldas. Por muito tempo, sua família morou na propriedade da família Caldas no bairro Belém Novo, em Porto Alegre.

Recentemente, Hélio visitou os netos de Breno, que o chamaram de “Hélio Caldas”, tamanha fora sua contribuição para a família.
Mas as mais histórias das quais Hélio mais se lembra são aquelas que envolviam os governos da ditadura militar. Primeiro, quando o golpe era dado, em 1º de abril de 1964, Breno Caldas pediu ao motorista que buscasse suas filhas na Rua Coronel Bordini, no bairro Auxiliadora, e as trouxesse ao Belém Novo. Recebeu uma arma, e deveria impedir, depois de todos em casa, que qualquer um entrasse na propriedade. Tendo que lidar com militares às portas do terreno, Hélio deixou-os entrar, mas cuidou cada movimento deles. Depois de uma medição no terreno – o que acontecia no local com frequência – eles foram embora sem maiores percalços.

Em outra oportunidade, em razão do aniversário de Breno Caldas, o presidente Ernesto Geisel, também gaúcho, veio até a fazenda para parabenizá-lo. Hélio teve que esconder um papagaio, que era ilegal, da vista do mandatário. Como um dos genros do patrão acabou por entregar a existência da ave, Geisel exigiu vê-la.
O que se sucedeu, entretanto, tranquilizou a todos. Ao ver o papagaio, que havia sido ensinado a falar muitos palavrões, o presidente desatou-se a rir mesmo sendo xingado pelo bicho.

Cuidado com o caminhão

Ao aposentar-se, Breno Caldas queria que Hélio continuasse trabalhando para ele, mesmo que não mais tendo carteira assinada por sua companhia. Não era bem sua ideia: eram os anos finais da Caldas Júnior antes de sua venda, e o motorista tinha o sonho de ter um caminhão e trabalhar com entregas.

Acabou recebendo a chave de um veículo à sua escolha entre 18 que estavam na garagem da propriedade, escondidos dos credores. “Breno puxou um bolo de chaves do bolso e disse: ‘Escolhe uma. Pode pegar.’ Mais tarde fui lá e escolhi um caminhão.”

Graças à rápida passagem da titularidade dos documentos, Hélio pode ficar com o veículo até poucos anos atrás, quando parou de dirigir. “Não quero me gabar, mas nunca causei nenhum acidente. Com a idade, preferi pedir para o Júlio aqui me levar nos lugares. Não é agora que eu vou ter um solavanco e acabar machucando alguém”, preocupa-se.

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