Segundo o presidente do sindicato dos profissionais em educação do município de Canoas (Sinprocan), Jari Rosa de Oliveira, a reposição do quadrimestre, após a mudança na lei, preocupa os sindicatos que participam da mesa de diálogo com o prefeito Jairo Jorge (PT).
O sindicato espera que o dinheiro venha do modo como foi combinado anteriormente. “O quadrimestre é a inflação declarada dos últimos quatro meses que, pela lei antiga, recebíamos em janeiro, maio e setembro”, explica o presidente. Assim ocorria na lei aprovada pelo quando Marcos Antônio Ronchetti (PSDB) era prefeito.
Jairo, no entanto, alterou a legislação. “Agora ele mudou a lei e este ano só nos deu em janeiro e prometeu em setembro. Estamos aguardando. Como até agora ele não se manifestou, o Sinprocan, com as demais associações que participam da mesa de diálogo, encaminhamos um ofício na terça-feira, 22, para o Prefeito para nos esclarecer”, afirma.
Jari confirma que o profissional perde R$ 173,00 de maio para cá e R$ 270,00 até o final de 2015. “Fiz um cálculo, por cima, como ele está sempre falando que o piso é de R$ 3.580. Esse quadrimestre, de maio para cá, esse profissional está perdendo R$ 173,00 por mês. Se ele não der agora, esse profissional vai perder R$ 271,00 até o final do ano. Inclusive, o que ele prometeu para nós não foi acumular os dois quadrimestres. Em cima do de maio, dar o de setembro. Se ele acumular os dois, dá diferença de salário”, aponta o sindicalista. As entidades aguardam reunião com o Prefeito, solicitada por meio de ofício.
Informou que a questão das mudanças, se continuará ou não nos três meses “está sendo discutida internamente pelo governo, ainda sem definição”. Sobre o piso, informou que o valor “corresponde ao subsídio dos professores graduados, para trabalharem 40hs, e que ingressaram no último concurso”. Quanto a reposição salarial, “a mesma será aplicada conforme a legislação municipal vigente”, conclui.