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Comunidade

UBS do Igara suspende atendimento e realoca funcionários sem avisar

O relato é de um dos moradores indignados com a forma de condução dos trabalhos na instituição de saúde

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A placa danificada presta um desserviço e a caixa de luz de madeira envelhecida apresenta um risco. Foto: Bruno Lara/OT

A placa danificada presta um desserviço e a caixa de luz de madeira envelhecida apresenta um risco. Foto: Bruno Lara/OT

Procurou a redação de O Timoneiro Fernando Dias, técnico de informática, 42 anos, morador do bairro Igara, para denunciar o descaso no posto de saúde do bairro, localizado dentro das dependências da Igreja São Cristóvão. Segundo ele, desde o dia 24 do mês de agosto, os serviços estão interrompidos em função da queda de um poste. A queda, no entanto, não seria por motivos relativos ao tempo. “O poste de energia apareceu quebrado, mas acredito que não foi pelo fato do tempo, mas sim por vandalismo ou má fé de alguma pessoa, pois o mesmo está quebrado e pode ser constatado visualmente. O que mais nos surpreende foi o fato de não ter prazo para ser resolvido, os profissionais foram deslocados para outros postos e não houve, por parte dos responsáveis, nenhuma comunicação para os pacientes com consultas agendadas”, reclama.

UBS Igara fechada por 30 dias. O anúncio foi deito através de folhas de ofício fixadas com fita crepe na porta da estrutura. Foto: Bruno Lara/OT

UBS Igara fechada por 30 dias. O anúncio foi deito através de folhas de ofício fixadas com fita crepe na porta da estrutura. Foto: Bruno Lara/OT

Segundo a Prefeitura Municipal de Canoas, desde a segunda-feira, 24, a Secretaria da Saúde trabalha para que a comunidade da UBS Igara não fique sem atendimento. “Na segunda e terça-feira, os profissionais permaneceram na UBS, mesmo sem luz, prestando atendimento à população. Na quarta-feira, 26, os profissionais já foram realocados, estando uma equipe na UBS São José e outra na UBS Santa Isabel”, informou.

Através da Secretaria Municipal de Comunicação (Secom), a Prefeitura informou que os pacientes estão sendo avisados. “Importante destacar que os atendentes da UBS Igara estão, sim, ligando para todos os pacientes com agendamentos. Além disso, os Agentes Comunitários de Saúde estão na UBS Igara, orientando os usuários para qual UBS devem se dirigir para atendimento”, concluiu. A Prefeitura de Canoas não esclareceu o prazo para o retorno do serviço e não comentou sobre as causas da queda do poste de luz.

Estrutura precária

O poste caído da UBS Igara é só mais um dos problemas na estrutura. Foto: Bruno Lara/OT

O poste caído da UBS Igara é só mais um dos problemas na estrutura. Foto: Bruno Lara/OT

O poste caído é apenas um dos problemas estruturais do Posto de Saúde Igara. Localizado dentro das dependências da Igreja São Cristóvão, o posto passa por problemas estruturais graves. A equipe de O Timoneiro visitou as instalações na tarde de quinta-feira, 27. Constatou que o limo sobe as paredes da velha estrutura e os bancos de madeira envelhecida apresentam perigo.

O encanamento é externo, boa parte visível do lado de fora do pátio. Na apresentação, bem em frente, na fachada, é possível observar o que parece uma estrutura para montar uma pia, com um buraco logo abaixo da janela. Não bastasse isso, a fiação fica solta e ao alcance, por exemplo, de crianças. A caixa de luz, de madeira, fica aberta e visivelmente despencando. O letreiro presta um desserviço. Faltam letras justamente na identificação da instalação.

Na porta, um aviso. “UBS IGARA FECHADA POR 30 DIAS”. O motivo são os “problemas estruturais”. As folhas de ofício fixadas com fita crepe também informa que a equipe ali presente agora atende nas UBSs São José e Santa Isabel. A coleta de sangue também é prejudicada. Outro papel, este fixado com fita transparente, na janela informa que a coleta será apenas na UBS Santa Isabel, só no centro da cidade.

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Comunidade

Sorteio do Minha Casa, Minha Vida contempla 250 famílias. Confira lista.

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Foto: Jhennifer Wolleng

Com transmissão ao vivo pela internet, a Prefeitura de Canoas, por meio da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano e Habitação, realizou nesta quarta-feira (16) o sorteio do programa Minha Casa, Minha Vida. No auditório Sady Schivitz, na sede da Prefeitura, foram contempladas 250 famílias, que irão morar nos Residenciais Pistoia e Santa Fé, no bairro Rio Branco. Também foram sorteados os candidatos suplentes.

Os dois complexos habitacionais estão em fase de construção, com previsão de entrega dos imóveis para setembro deste ano. Antes de ocupar o imóvel em definitivo, os contemplados passarão pelo processo de análise documental na Caixa Econômica Federal e pelo trabalho técnico-social da Prefeitura, que promove um processo de adaptação das famílias à nova moradia.

Confira aqui a lista dos sorteados

Ao todo, os Residenciais Pistoia e Santa Fé oferecem 500 unidades habitacionais. A outra metade das famílias que irá morar no local será reassentada, já que ocupavam anteriormente invasões que foram alvo de reintegração de posse pelo município.

Nesta quarta-feira, participaram do sorteio os cidadãos que realizaram o recadastramento. Enquadram-se nos critérios nacionais famílias residentes em áreas de risco, insalubres ou que tenham sido desabrigadas, comprovado por declaração do ente público; famílias com mulheres responsáveis pela unidade familiar, comprovado por autodeclaração; e famílias das quais faça(m) parte pessoa(s) com deficiência, comprovado com a apresentação de atestado médico.

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Comunidade

Assembleia de Deus comemora 80 anos de fundação em Canoas

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A igreja Assembleia de Deus, de Canoas, comemora uma marco importante na cidade. O Jubileu de Carvalho da entidade ocorre nesta sexta-feira, 18 de agosto, e terá programação intensa de comemorações. O pastor Edegar Machado, líder da igreja no município há mais de 30 anos, recebeu a reportagem de O Timoneiro para falar acerca da programação das celebrações e sobre a atuação na cidade.

Tamanho

A importância da Assembleia de Deus, de Canoas, é contada também em números. A instituição, de acordo com Edegar, abrange atualmente 16 mil membros e conta com 88 igrejas na cidade. “A igreja se expandiu através do trabalho missionário e atua em diversos ponto do mundo”, conta Edegar.

Visão Social

O pastor destaca a visão social da instituição: “Não temos somente o trabalho espiritual, mas cuidamos do lado social. Eu considero isso como a outra mão da igreja. Nós temos o lado humano, que é alcançar as pessoas em suas necessidades”, comenta. O trabalho realizado abrange especialmente o cuidado de crianças. Edegar ainda citou projetos como escolas artesanais, que ajudam no desenvolvimento de trabalhos comunitários, além de postos de distribuição de sopa vinculados à Associação Beneficente Lar Esperança de Canoas , onde são atendidas cerca de mil crianças por semana.

Programação

A igreja promove cultos de celebração na sexta-feira, 19, até domingo, 20, no templo central da Assembleia de Deus, no bairro Mathias Velho. No domingo, a partir das 9 horas, ocorre concentração na praça Antonio Beló, na Rua Dr. Barcelos, onde será inaugurado um monumento em homenagem aos 80 anos da igreja. Após, são esperadas quatro mil pessoas para uma caminhada até o templo central da instituição, onde ocorrerá culto de graças.

História

Por determinação do pastorado da Igreja em Porto Alegre, o evangelista Amaro dos Santos foi designado, em 1937, para cuidar do trabalho da instituição em Canoas. Os primeiros cultos ocorreram no bairro Niterói. Ficou marcado na história da igreja um grande culto, realizado junto a uma figueira localizada nas proximidades da casa de André Lemos, em 18 de agosto de 1937. O local permanece com a figueira até hoje e, por conta disso, foi escolhido como local para a homenagem aos 80 anos da instituição.

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Comunidade

Canoense tem 94 anos de futebol, mídia, direção e simplicidade

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Marcelo Grisa

Hélio Ferreira da Silva nasceu em 1º de outubro de 1923. Filho de empregados na fazenda do estancieiro Victor Barreto, o motorista aposentado viu a história do século XX como poucos canoenses puderam. Hélio hoje mora com os sobrinhos Júlio Ragazzon e Raquel Araújo. E esta é sua história.

O futebol e a guerra

No começo de 1932, Hélio observava o nascimento do Sport Club Oriente, um dos mais tradicionais de Canoas. Alguns anos depois, jogou no time e virou craque. Como atacante central, marcava muitos gols.

A incipiente trajetória de Hélio Ferreira no futebol incluiu passagens pelo Canoense e até mesmo no Grêmio. Entretanto, uma grave lesão o afastou em definitivo dos gramados. Uma “pisada” deixou como lembrança um esmagamento logo acima do joelho. “Eu até poderia jogar, mas nunca mais fui. Deu muito medo”, explica.
“Às vezes eu ainda sonho com as mulheres da arquibancada me chamando. Parece que me vejo jogando de novo”, admite. Mas a vida ainda tinha reservado muito mais para o canoense de fala fácil e sorriso alegre.

Nesta época, o canoense já estava na Aeronáutica. Começava a Segunda Guerra Mundial, e todos no quartel ficavam de prontidão, recebendo apenas um dia de folga por semana. “Eu ficava em casa de farda. Se a sirene tocasse, tínhamos meia hora para nos apresentar”, lembra.

Hélio Ferreira da Silva, entretanto, nunca veria os fronts da Força Expedicionária Brasileira (FEB) na Itália. Há poucos dias de ser embarcado para o campo de batalha, chegava o mês setembro de 1945. A guerra acaba.

Hélio “Caldas” e Ernesto Geisel

Mesmo antes, durante e depois da guerra, a vivência nas Forças Armadas proporcionou o que seria uma de suas maiores paixões: os carros. Depois de sete anos, saiu da Aeronáutica e tornou-se motorista particular. Acabou por trabalhar 40 anos de sua vida para a Companhia Jornalística Caldas Júnior, dona do jornal Correio do Povo, como motorista da família de Breno Caldas. Por muito tempo, sua família morou na propriedade da família Caldas no bairro Belém Novo, em Porto Alegre.

Recentemente, Hélio visitou os netos de Breno, que o chamaram de “Hélio Caldas”, tamanha fora sua contribuição para a família.
Mas as mais histórias das quais Hélio mais se lembra são aquelas que envolviam os governos da ditadura militar. Primeiro, quando o golpe era dado, em 1º de abril de 1964, Breno Caldas pediu ao motorista que buscasse suas filhas na Rua Coronel Bordini, no bairro Auxiliadora, e as trouxesse ao Belém Novo. Recebeu uma arma, e deveria impedir, depois de todos em casa, que qualquer um entrasse na propriedade. Tendo que lidar com militares às portas do terreno, Hélio deixou-os entrar, mas cuidou cada movimento deles. Depois de uma medição no terreno – o que acontecia no local com frequência – eles foram embora sem maiores percalços.

Em outra oportunidade, em razão do aniversário de Breno Caldas, o presidente Ernesto Geisel, também gaúcho, veio até a fazenda para parabenizá-lo. Hélio teve que esconder um papagaio, que era ilegal, da vista do mandatário. Como um dos genros do patrão acabou por entregar a existência da ave, Geisel exigiu vê-la.
O que se sucedeu, entretanto, tranquilizou a todos. Ao ver o papagaio, que havia sido ensinado a falar muitos palavrões, o presidente desatou-se a rir mesmo sendo xingado pelo bicho.

Cuidado com o caminhão

Ao aposentar-se, Breno Caldas queria que Hélio continuasse trabalhando para ele, mesmo que não mais tendo carteira assinada por sua companhia. Não era bem sua ideia: eram os anos finais da Caldas Júnior antes de sua venda, e o motorista tinha o sonho de ter um caminhão e trabalhar com entregas.

Acabou recebendo a chave de um veículo à sua escolha entre 18 que estavam na garagem da propriedade, escondidos dos credores. “Breno puxou um bolo de chaves do bolso e disse: ‘Escolhe uma. Pode pegar.’ Mais tarde fui lá e escolhi um caminhão.”

Graças à rápida passagem da titularidade dos documentos, Hélio pode ficar com o veículo até poucos anos atrás, quando parou de dirigir. “Não quero me gabar, mas nunca causei nenhum acidente. Com a idade, preferi pedir para o Júlio aqui me levar nos lugares. Não é agora que eu vou ter um solavanco e acabar machucando alguém”, preocupa-se.

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