Por Bruno Lara
Com 2,3%, Canoas, com seus 320 mil habitantes, supera cidades como Londrina (PR), cidade de aproximadamente 490 mil habitantes; Joinville (SC), 480 mil habitantes; e Maringá (PR), com 345 mil habitantes. Segundo o portal, o prejuízo com roubo de aparelhos celulares é de R$ 855 em média e o gênero masculino, com 60%, é o mais vitimado. O turno, no entanto, não difere. Discordando da sabedoria popular que considera a noite mais perigosa, o estudo revela que os roubos acontecem igualmente durante o dia e à noite.
64% sem registro em Canoas
Ao menos 213 crimes foram registrados nos 10 quilômetros da cidade, entre a BR-448, a BR-290, a RS-020 e a RS-118. Segundo o site, o prejuízo aproximado é de R$ 1.647.278,00 direto da população. Na plataforma é possível observar que 64% das vítimas não registram boletim de ocorrência. São 67% homens e 33% mulheres vítimas. Ao menos 59% das ocorrências acontecem no período noturno.
O último registro, em julho, mostra um assalto a mão armada em frente a um shopping do município. “Fui roubada a mão armada por dois homens, levaram minha mochila com meus documentos, roupas, dinheiro e várias outras coisas”, justifica a usuária do aplicativo, marcando a avenida Guilherme Schell, no Mathias Velho. Os episódios se diversificam entre assaltos, arrombamentos de estabelecimentos comerciais, entre outros. “Os homens tinham fuzis de assalto de calibre restrito, atiraram umas 12 vezes em meu veiculo”, registra outro em junho deste ano, na rua Rui Barbosa, no bairro Fátima.
Brigada valoriza dados
Segundo o tenente coronel, o que preocupa no não registro das ocorrências é a provável reincidência dos assaltantes que impunes, voltam a cometer delitos pela facilidade. A estratégia para mudar a situação é o policiamento ostensivo. “Patrulhamento e abordagem é a estratégia. Há cinco meses, cada companhia tem a sua autonomia de planejamento e o COE coordena a cidade inteira. Não há uma preocupação com um ou dois bairros”, salienta apontando que a cidade é vista como um todo e não por bairros. “Roubo a carro, roubo a pedestre, roubo a empresas e homicídios (são as prioridades)”, conclui Amorin.